Escrevo esse texto com a cabeça quente, então todas as sentenças aqui ditas são verdadeiras e expressam exatamente o que sinto neste momento.
Como sempre, a Fonte Nova estava fervendo, foram mais de 46 mil torcedores no jogo de hoje, um verdadeiro caldeirão incendiando as arquibancadas a cada momento da partida. O problema, meus amigos, é que milho tende a estourar quando entra em contato com o calor, e quando estoura, vira pipoca. Essa é a analogia correta a se fazer com esse time. Não tem heroísmo, não tem guerreiros, não tem lutadores, apenas um saco cheio de pipocas. Uma equipe que não consegue jogar com a pressão de sua torcida ao seu favor, uma equipe que desperdiça pontos importantes dentro de casa. Uma equipe pipoqueira.
O Bahia perdeu a decisão contra o São Paulo. Mais um jogo decisivo jogado na Fonte Nova em que o Esquadrão joga mal e perde. Pior! Mais um jogo em que o Bahia toma gol nos minutos finais da partida (já escrevi um texto sobre isso, inclusive). Parece que nesses momentos acontece um apagão generalizado no elenco tricolor, talvez o refletor que estourou no início da partida tenha sido um presságio sobre isso. Dói saber que tínhamos tudo para escapar da zona de rebaixamento e jogar com tranquilidade nos próximos confrontos. Estava tudo nas mãos (ou pés) deles.
Os jogadores não conseguem executar suas funções como de costume, erram passes considerados como fáceis, demoram para chutar ao gol, afastam bolas de maneiras equivocadas. Enfim, a receita do fracasso com requintes de crueldade.
A cruel história de hoje já estava exposta a nós desde os minutos iniciais da partida. Foi assim contra o Goiás, Grêmio, Santos, Cuiabá e provavelmente mais alguns jogos que já não me lembro. O Bahia inicia jogando de maneira medíocre, melhora em certa parte do jogo e sai derrotado em seu próprio domínio.
Aliás, é preciso ressaltar a imensa quantidade de “tabus” que estão sendo quebrados diante do Bahia nesta temporada. Vimos de tudo: de time que não vencia em seu estádio a time que não vencia fora de casa, e conseguimos perder para eles.
Apesar disso, de toda tristeza e revolta que sinto nos momento, como já disse em outros textos, sigo mantendo a fé de que o Bahia não será rebaixado. Não podemos duvidar do Bahia, por mais que os jogadores que hoje compõem ele nos deem motivos de sobra para isso.
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