Com o tradicional editorial “Sobe e Desce”, o ecbahia.com avalia toda segunda-feira o que de melhor – e pior – aconteceu no Esporte Clube Bahia, envolvendo jogadores, comissão técnica, diretoria e ações que marcaram a semana anterior do clube.
Sobe: Reforços para o ataque, setor que carece de qualidade
Há inúmeros motivos para reclamar da atuação da diretoria na última janela de transferências, mas também há que se ressaltar o que foi feito de forma positiva. Na última semana, o clube contratou mais dois atacantes para o elenco.
E, de fato, havia uma grande necessidade de reforçar o setor, que tem Rodallega em má fase – e um time que aspira acesso não pode depender de quem não está entregando boas performances.
O destaque se dá pelo fato de a diretoria não demonstrar acomodação pela posição da equipe na classificação mesmo faltando menos de três meses para o fim do campeonato.
Independentemente se o clube já contava ou não com a saída de Davó, chegaram Ytalo e Caio Vidal, dois jogadores que vinham atuando por times de Série A nos últimos anos e com possibilidade de agregar qualidade ao plantel. Ao menos é o que se espera no papel.
São atletas que chegam para posições que vinham recebendo críticas frequentes pela ausência de gols em alguns jogos e, principalmente, por desperdiçar oportunidades de vencer partidas pela falta de qualidade dos jogadores.
Ytalo vai disputar vaga com Davó ou até mesmo formar dupla. Já Vidal atua pelas pontas e os dois lados do ataque atualmente não possuem nenhum titular cativo.
Raí foi reprovado pela torcida. Igor Torres e Copete têm poucos jogos, mas ainda não inspiram confiança. Enquanto Jacaré costuma render mais quando entra no segundo tempo. Marco Antônio, por sua vez, tem longo tempo parado por lesão.
Desce: O processo de contratações para a base
Com Diego Cerri, o Bahia trazia uma série de jogadores que vinham do futebol paulista – e essa política de reforços para a base ainda se mantém, com dois jogadores que vieram do Palmeiras recentemente.
Já com a chegada de Freeland, os contratados para a base mudaram de “sede”. Agora, são vários que chegam do futebol carioca.
Recentemente, dois contratados vieram do Fluminense; três chegaram do Vasco; um do Flamengo; e outro do interior do Rio.
Afinal, como é feita a análise para contratações das divisões de base? Apenas por indicações de diretores de futebol? Ou há um trabalho verdadeiramente aprofundado sobre cada atleta que chega ao clube? São dúvidas que a torcida possui há vários anos e que não há como alguém de fora responder.
Em campo, entra ano e sai ano, os resultados continuam iguais principalmente no time sub-20. Título no Baiano, vexame no Brasileiro. É esse o padrão?
Ao todo, foram 11 contratações feitas somente nos últimos dias de janela de transferências – sete delas foram anunciadas na segunda-feira passada.
A maioria dos jogadores atuaram poucas vezes por seus clubes neste ano e saíram por não terem tido contrato renovado. O Bahia, por sua vez, os entende como oportunidades de mercado.
O que pesa negativamente é quando se busca entender o motivo de jogadores com idade sub-20 serem dispensados por seus clubes justamente no meio do ano, ainda com competições a disputar.
Quantos desses “reforços” vão verdadeiramente darão frutos para o Bahia? Só o tempo dirá, mas as expectativas são baixíssimas pela falta de critério nas contratações, após o passado recente mostrar que cada contratação para a base foi um tiro no escuro.
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