Com o tradicional ‘Sobe e Desce’, o ecbahia.com analisa quais pessoas, (jogadores, comissão técnica, dirigentes), situações, resultados e ações foram destaque na semana anterior, seja de maneira positiva ou negativa.
Sobe: a vida do Bahia com Rodallega
Na última semana, o destaque positivo havia sido Hugo Rodallega. E desta vez, não há como ser diferente.
No único jogo em que o colombiano jogou na semana, ele participou dos únicos dois gols que o Bahia fez em duas partidas disputadas entre quinta e domingo.
Contra o Sampaio, o centroavante contribuiu com uma assistência e um gol, ajudando a garantir mais três pontos no Nordestão. Foi o quarto jogo consecutivo dele, na Copa do Nordeste, balançando as redes.
Sem o colombiano, a pobreza ofensiva pôde ser notada. A falta que o camisa 9 tricolor faz é gigantesca, pois sua movimentação em campo é um divisor de águas para o time.
Não só suas finalizações precisas. E nem sequer é preciso que ele toque na bola para ter impacto no jogo. Seu trabalho sem bola é decisivo para o time conseguir articular jogadas, encontrar brechas, abrir a defesa adversária.
Que jogador é Hugo Rodallega!
Conseguiu o que poucos esperavam: fazer com que a torcida esquecesse Gilberto tão rapidamente. Que tenha vida longa no Esquadrão.
Desce: Ato de violência/terrorismo
Não há o que se discutir: o principal ponto negativo da semana foi o atentado gerado por pessoas que supostamente se dizem “torcedores” e que, sem nenhum tipo de respeito à vida do próximo, atirou bombas em um veículo que transportava dezenas de trabalhadores, pessoas honestas, filhos, maridos e pais de família, que simplesmente eram aguardados em suas casas, por suas famílias, após uma noite de trabalho.
Não existe desculpas, não há explicação para um pensamento tão cruel e desalmado. Danilo Fernandes que o diga, foi quem mais sofreu. Cabe às autoridades punirem os responsáveis exemplarmente.
Mediocridade dentro das quatro linhas
Já falando sobre futebol, dentro das quatro linhas, o final de semana foi triste para quem teve o desprazer de assistir a partida entre Juazeirense x Bahia.
Foram 90 minutos em que a bola sofreu. Um péssimo jogo de futebol, praticado por atletas que poucas vezes conseguiram acertar o gol do adversário.
“Ah, o gramado estava ruim”. Mas, qual é a surpresa? Em tantas décadas de Campeonato Baiano, dessa vez o Bahia foi surpreendido por um campo ruim no interior do estado?
Sabemos que não foi apenas isso. O campo é ruim para todos. Não há como se “acostumar” com irregularidades do piso, já que como o próprio termo diz, não há uniformidade nos problemas que serão gerados durante o jogo. Não há como prever onde e como o campo irá prejudicar o jogo, e isso serve para os dois lados.
Guto Ferreira bater nesta tecla para explicar o mau futebol do Bahia é um discurso muito pobre.
Afinal, todos viram os jogos contra Barcelona, Unirb, Doce Mel e CSA. Sendo assim, ou o gramado da Fonte Nova também está irregular ou o problema está no próprio time? Reflitamos.
Em resumo, o futebol apresentado pelo Bahia foi extremamente pobre desde o padrão tático já manjado pelos adversários, mesmo os do interior. Não houve nenhuma variação de 2021 para 2022, apenas troca de nomes.
Raí e Borel fazem a mesma jogada que até o ano passado tinha Nino Paraíba e Rossi. Na esquerda, Luiz Henrique é escalado da mesma forma que Capixaba – sendo que não funcionou – e os mesmos tipos de substituições são feitas.
Nesse segundo caso, há que se relevar também a falta de opções para as pontas. Quem são os reservas de Raí e Marco Antônio?
Alguns dos jovens, sobretudo do setor ofensivo, não engrenaram e dificilmente vão engrenar até a Série B, levando em consideração que daqui em diante só haverá decisões nos torneios regionais.
O problema é grande e precisa ser resolvido rapidamente. Março começa amanhã e a Série B já está batendo na porta.
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