Cada semana no futebol é marcada por uma montanha russa de acontecimentos, com momentos que podem ser bons ou ruins. No caso do Bahia, listamos nesse texto um ponto positivo e outro negativo acerca do Tricolor de Aço, das entrevistas do técnico Rogério Ceni, nos últimos dias.
Sobe: Reclamação de Ceni sobre elenco curto é justa
Rogério Ceni a cada entrevista ressalta o quão reduzido é o elenco que tem em mãos. E com razão. O grupo é numericamente curto e não há do que discutir. Nos jogos em que levou 25 jogadores, basicamente teve
Contra o Cuiabá, Ceni afirmou que queria escalar Biel como titular, mas que não pôde fazer essa opção pois perderia o único reserva de Cauly no elenco.
O camisa 8 tricolor está no Bahia há quase um ano e meio e ainda não tem um substituto em sua função.
“Se eu começo com o Biel e o Cauly, nas minhas trocas só tenho velocidade do Ademir, o Ratão, e não tenho quem faça o mínimo trabalho que o Cauly faz”, disse Ceni.
Reclamar publicamente sobre o que lhe desagrada no elenco é parte do trabalho de um treinador. Afinal de contas, são 2 milhões de torcedores que também se interessam pela opinião do técnico.
Um dos modelos de atuação do Grupo City, entretanto, é de justamente ter elencos enxutos, com atletas que possam fazer mais de uma posição. Assim faz em outros clubes. Ao anunciar Iago Borduchi, o diretor Cadu Santoro disse que a chegada de um lateral-esquerdo renderia em um reforço para o meio-campo: Luciano Juba. Rogério Ceni, portanto, terá de se adaptar.
Ceni também acerta ao externar opinião sobre gramado da Fonte Nova
Nada melhor do que um ex-jogador, com carreira mais do que consagrada, campeão mundial por seleção e por clube, para avaliar a condição de um campo de jogo.
Segundo Rogério Ceni, craque como jogador, o gramado da Fonte Nova está ruim. E sua opinião deve ser levada em consideração. Ele acerta ao publicar a sua insatisfação. Afinal de contas, a Arena Fonte Nova continua sendo bem público e que seus cuidados devem ser de interesse da população como um todo.
Desce: Lamentações sobre o calendário de 2024
Todos sabem do caos que é o futebol brasileiro, e que não vai mudar tão cedo – se é que mudará. Em 2024, o técnico Rogério Ceni soube aproveitar a primeira fase do Estadual para reduzir a minutagem dos titulares, mas ainda não é o suficiente.
Como dito anteriormente, o treinador acerta ao reclamar sobre o número reduzido de jogadores em seu elenco, mas, ao chegar em julho, não há nenhuma surpresa em relação a essa situação. Afinal, foi o planejamento traçado para a primeira janela: ter um elenco enxuto.
Mas, ainda assim, o tamanho do calendário de 2024 está longe de ser o ideal para o Bahia. E o motivo é que o time deveria disputado mais jogos no primeiro semestre e ter a possibilidade de jogar ainda mais partidas no segundo semestre.
Ausências nas finais do Nordestão e em uma competição continental em 2024
Dois desses jogos que o Bahia deveria ter feito a mais seriam pela final do Nordestão, a qual o Tricolor ficou fora por perder na semifinal, em casa, nos pênaltis, por não ter conseguido vencer o CRB no tempo normal.
Outros seis jogos seriam pela Copa Sul-americana. Trata-se de uma situação hipotética para 2024, sim, mas com investimento feito em 2023, o Bahia deveria ter conseguido assegurar ao menos a última vaga para o torneio continental. Houve, entretanto, uma série de erros e dificuldades, muitas elas devido ao início de projeto do Grupo City, que culminaram em uma campanha de quase rebaixamento.
A partir daí, teriam sido mais seis jogos no calendário, válidos pela primeira fase, e que teriam grande importância. Caso avançasse, o Esquadrão jogaria novamente o mata-mata de um torneio continental.
Em 2025, certamente o Bahia terá esse calendário, possivelmente na Copa Libertadores.
O ideal é ter um cronograma cada vez mais cheio, com participações em fases avançadas dos mata-matas da Copa do Brasil e Libertadores. Ou algum torcedor vai reclamar de ter muitos jogos?
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