Assim que a Lei da SAF foi aprovada, em 2021, o Grupo City já se movimentou com o intuito de entrar no mercado brasileiro com a aquisição de um clube.
Dentre os considerados pelo conglomerado árabe, estavam Atlético Mineiro, que teria sido prontamente descartado, e São Paulo, esse que chegou a passar por uma análise preliminar antes do primeiro acordo verbal com a Diretoria Executiva do Bahia para dar prosseguimento às conversas.
Segundo o blog Danilo Levieri, do portal UOL Esporte, houve pontos fundamentais que levaram o City Football Group a deixar de lado seu interesse em adquirir uma SAF do São Paulo e escolher o Bahia.
Questões econômicas
O primeiro teria sido a parte econômica, tendo em vista que um aporte de R$ 1 bilhão não seria suficiente para adquirir 90% da SAF são-paulina, o que foi reconhecido pelo grupo antes mesmo de iniciar conversas formais sobre o tema.
Uma das razões é que o São Paulo registrou em seu último balanço um débito total na casa dos R$ 642 milhões.
Além disso, a folha salarial é incompatível ao investimento de aproximadamente R$ 120 milhões que o City deseja fazer por ano, o que fará com que o patamar do Bahia seja elevado em curto prazo.
No caso do São Paulo, a folha salarial de cada mês já é de R$ 10 milhões.
Fatores políticos
Também foi fundamental para a escolha do Bahia o fato de o Esquadrão possuir uma formação política bem resolvida, sobretudo pelo Estatuto do Clube definir que as decisões devam ser tomadas de maneira democrática.
Assim, será a torcida a ter a palavra final sobre a aprovação ou não da proposta de SAF. Além disso, a Diretoria Executiva, com o presidente Guilherme Bellintani e o vice-presidente Vitor Ferraz, não irão causar problemas para “saírem de cena” na gestão do futebol.
Já no São Paulo, as situações funcionam de forma bastante diferente. A política são-paulina é formada por conselheiros que detém poder das principais decisões do clube, o que poderia tornar um problema tanto para a aprovação, como também para que os atuais dirigentes saíssem do comando.
Segundo o UOL, o City teria entendido que sofreria resistência interna antes mesmo de avançar nas conversas e que a operação poderia demorar mais do que o necessário.
Divergências entre associação e possível SAF
Também não haveria consenso sobre quais seriam os imóveis que passariam para a SAF e quais permaneceriam sob controle da associação civil. O São Paulo tem os CTs da Barra Funda e Cotia, além do estádio do Morumbi.
Em sua posição, o São Paulo afirma que não teve nenhum tipo de conversa com o Grupo City acerca do tema SAF, mas que o clube e o grupo seguem com conversas para possíveis parcerias no futuro, como nos empréstimos dos jogadores Nahuel Bustos e Ferraresi.
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