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Notícia | Entrevista

Publicada em 06 de novembro de 2018 às 16h56

Ferraz avalia 2018 e destaca: ‘deixamos de ser time de aluguel’

Vice-presidente destaca saúde financeira do time e acertos nas contratações

Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Faltando menos de um mês para o fim da temporada de 2018, o Bahia se aproxima da permanência na Série A de 2019 e volta a disputar vaga em competições internacionais do próximo ano.

Em entrevista ao portal Bahia Notícias, o vice-presidente tricolor, Vitor Ferraz, fez uma avaliação da temporada que está chegando ao fim – tendo sido a primeira da diretoria eleita pela torcida no final de 2017.

Para Ferraz, as lições que serão tiradas pela diretoria desta temporada serão positivas. Ele se mostra satisfeito com a participação do Bahia nas competições, apesar de admitir decepção pela perda do título regional.

“Claro que o resultado final do Campeonato Brasileiro fala por si, mas já dá para dizer que temos uma expectativa de um ano positivo. Claro que tivemos uma decepção na Copa do Nordeste, esperávamos o título, ainda mais pelas circunstâncias, mas há males que vêm para o bem. Tiramos lições e mesmo com a derrota eu entendo como um ano positivo no futebol de uma maneira macro. A gente costuma dizer que o importante é chegar nas decisões. Existem variáveis que a gente não controla, mas o fato de chegar mostra robustez no trabalho. Se a gente fizer um recorte, Bahia pré e pós democratização, desde o retorno da Copa do Nordeste, no primeiro ano, o Bahia não conseguiu avançar. Entre 2015 e 2018, o Bahia deve duas semifinais, duas finais e um título. Isso mostra a consolidação de um trabalho. Isso não afasta a frustração, mas demonstra que o trabalho vem sendo feito de maneira correta e com firmeza. Chegamos na final, conquistamos o Baiano, chegamos nas quartas de final da Copa do Brasil jogando de igual para igual com o elenco mais completo do futebol brasileiro, que é o Palmeiras, chegamos nas quartas de final da Copa Sul-Americana, o que não conquistávamos desde 1989, e fomos eliminados por circunstâncias alheias. Fizemos quatro gols legais, um só foi validado e fomos eliminados nos pênaltis. Claro que precisamos conquistar pontos para consolidar nossa permanência na Série A, mas esperamos ter um resultado melhor do que no ano passado. Acredito que vamos cumprir essa meta e isso vai coroar um ano bom no futebol”, falou o vice-presidente.

Já um ponto destacado pelo dirigente tricolor é o fato de o Bahia ter deixado de ter um elenco formado por atletas emprestados, tendo mais acerto do que erros mesmo com um número menor de contratações em relação a outros anos.

“(...) Um outro aspecto é o global, de formação de elenco, que traz um resultado positivo. Repito que é fruto de um trabalho. Fizemos um número de contratações menor, o número vem diminuindo e aumentando em qualidade, estamos sendo assertivos nas nossas decisões. Estamos conseguindo ter saúde financeira e fazer com que os atletas permaneçam aqui. Deixamos de ser um time de aluguel e somos um clube de aquisições. Essa é a construção de patrimônio, elenco firme, pensado peça a peça, com características observadas exaustivamente. É preciso ressaltar o bom trabalho de Diego Cerri, da nossa Análise de Desempenho, é um centro de inteligência que temos. Tudo isso constitui mudança de caraterística do Bahia em fazer o seu futebol. Se torna um ano especial. Claro que temos muito a crescer, temos metas ousadas. Um trabalho firme se faz aos poucos para que a gente possa tornar uma coisa permanente no clube”, avaliou.

Ativo na resolução de processos trabalhistas desde que atuava no setor jurídico do clube, na gestão Marcelo Sant’Ana, Vitor Ferraz também explica como o clube tem trabalhado para seguir sanando dívidas antigas.

“O Bahia, desde a intervenção, pagou R$ 25 milhões em acordos trabalhistas na Justiça do Trabalho. É um número relevante se você levar em conta que foram pagos em cinco anos. Se pudéssemos aplicar R$ 25 milhões no nosso futebol, teríamos uma estrutura melhor e poderíamos ter elencos mais robustos, mas isso não tira a importância dos cumprimentos desses acordos. Isso eleva a importância e dá ao clube uma perspectiva de que em breve vamos investir mais no futebol. Se o pagamento das dívidas tem um papel fundamental, mais importante que isso é o trabalho de prevenção. Se a memória não me falha, o Bahia teve novas três ou quatro reclamações trabalhistas. Uma empresa que tem 300 funcionários vai ter, é comum. O que não é comum é o Bahia ter 65, 70 reclamações, a maioria de jogadores e atletas porque o Bahia deixava de cumprir suas obrigações básicas. Isso gerava uma bola de neve grande porque quando você vai reclamar na Justiça do Trabalho, as multas impostas e os juros fazem com que a dívida cresça de maneira absurda. Tão importante quanto esse trabalho de quitar dívidas, é esse trabalho preventivo. Requer uma disciplina que precisa ser compreendida por todos os departamentos, principalmente o de futebol. Na condição de dirigente, percebo a dificuldade que é quando se tem resultados adversos, o que é mais fácil para tirar pressão é você trazer um atleta, um fato novo que dê um pouco de tranquilidade, difícil é ter firmeza, ter convicção do seu trabalho e tranquilidade para esperar a turbulência passar sem complicar as contas do clube. Esse trabalho que foi feito a partir da gestão de Marcelo Sant'Ana e Pedro Henriques, que tem dado continuidade comigo e Guilherme, é fundamental para o clube consiga se ajustar de maneira macro. Não adianta só o jurídico fazer um bom trabalho se o futebol não incorpora isso. Essa é a grande mudança pela qual o Bahia está passando”.

Restando seis rodadas para o fim da temporada, o Bahia é o 11º colocado, com 40 pontos.

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