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Notícia | Entrevista

Publicada em 06 de março de 2019 às 22h44

Enderson avalia mau desempenho do Bahia contra o Santa Cruz-RN

'Não vamos tirar absolutamente nada do nosso segundo tempo', diz Enderson

Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Na noite desta quarta-feira (06), o Bahia visitou o Santa Cruz de Natal e venceu por 1 a 0, resultado que é suficiente para garantir o Tricolor na terceira fase da Copa do Brasil.

Após o triunfo em Natal, o técnico Enderson Moreira concedeu entrevista coletiva e avaliou o desempenho do time no gramado da Arena das Dunas.

Para o treinador tricolor, a partida foi marcada por dois tempos distintos do Bahia. No primeiro tempo, com maior domínio de sua equipe, mas com uma atuação “muito ruim” na segunda etapa – o que possibilitou ataques perigosos do adversário.

“A pressão, muito mais em função de algumas bolas paradas, alguns lances assim, de talvez imposição, porque estavam perdendo o jogo, precisavam voltar. Na verdade, acho que dois tempos distintos. O primeiro tempo completamente um domínio nosso, com muitas chances criadas, e um segundo tempo muito abaixo daquilo que a gente consegue fazer. Jogamos muito mal, e isso proporcionou que o jogo ficasse aberto até o final. A gente não tem muito o que falar neste sentido”, avaliou o técnico.

De acordo com o treinador, a acomodação da equipe no segundo tempo aconteceu de maneira natural e não por pedido da comissão técnica.

“Treinador não fala para jogador equilibrar, sustentar ou minimizar sua ação de maneira nenhuma. Treinador quer, ali do banco, que o time possa fazer o segundo gol, o terceiro, o quarto. É o que a gente quer sempre. Só que quem está jogando, por vezes, não consegue responder com o que você tem de expectativa. Embora as pessoas falem que o treinador mexeu para o time jogar atrás. Isso acontece naturalmente. Quem teve essa experiência no futebol, sabe que às vezes a equipe dá um passo para trás e espera o jogo terminar, o que é sempre um grande perigo, porque você dá campo, força e energia para a equipe adversária”, destacou.

Sequência de sete jogos fora de casa

“Trabalho com futebol tem muitos anos. Nunca fui para um jogo sem ser pressionado para poder vencer. Não adianta esse perfil de estar mais pressionado ou menos, de já era para ter saído. Vou continuar fazendo meu trabalho. Sou profissional, respeito a instituição acima de tudo. Nós pegamos uma sequência de jogos, a gente não pode falar que é justificativa... Fizemos sete jogos fora de casa seguidos nos últimos 30 dias. Não foram alternados, dentro e fora de casa. Foram seguidos. Faz um mês que não jogamos em casa. Sete viagens. Fomos para o Uruguai, Acre, estivemos aqui em Natal, Fortaleza, Vitória da Conquista, Riachão do Jacuípe e Piauí. Convido qualquer um a participar com a gente na próxima. Ver como é bacana, como andar de avião é ótimo. Mordomia danada. Não é qualquer tipo de justificativa, mas foi um período muito difícil para nós, jogos decisivos, eliminatórios, fomos eliminados da Sul-Americana, sem tempo para nada a não ser recuperar os atletas. Fizemos variações na equipe porque fomos obrigados. Saímos hoje com jogadores com problemas musculares. Infelizmente esse acúmulo acontece e não conseguimos preservá-los da maneira que gostaríamos”.

Copa do Brasil

“Copa do Brasil, quando vem com essas duas primeiras fases, tudo pode acontecer. O Corinthians quase foi eliminado em 2017 pelo Brusque, nos pênaltis. Tudo pode acontecer. Não é só com o Bahia, não é só com outras equipes que perderam a classificação. A equipe do Goiás, que não perdeu jogo nenhum até hoje na temporada, ficou de fora, um empate em casa. A Copa do Brasil, quando tem esse formato, é um jogo só, cara. Você não tem prazo de recuperação. Você não tem como fazer um jogo dentro de casa e outro fora de casa, um fora e um dentro. É um jogo extremamente tenso para todos os envolvidos. E as equipes que têm, talvez, um tamanho um pouco diferente, equipes que estão buscando seu espaço, quando pegam equipes tradicionais, eles são franco-atiradores, fazem esse jogo como se fosse realmente o último jogo da temporada. Até porque tem uma premiação importante envolvida. É um jogo especial. Mais importante é que a gente conseguiu a classificação, a gente sabia da dificuldade, sabia que era um jogo tenso. Não vamos tirar absolutamente nada do nosso segundo tempo, foi muito aquém daquilo que a gente pode fazer. Foi muito abaixo”.

Foco no Ba-Vi

“Temos que nos preparar muito para o nosso próximo desafio, que é um Ba-Vi, um Ba-Vi muito importante para nós. E o que a gente mais quer agora é recuperar os atletas para que a gente possa entrar muito fortes no jogo no domingo”.

O Bahia vai voltar a campo às 16h de domingo (10), contra o rival, pelo Campeonato Baiano.

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