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Bellintani explica motivos para permanência de Enderson Moreira

Notícia
Entrevista
Publicada em 15 de março de 2019 às 17:58 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Apontado como principal motivo para os maus resultados do Bahia em 2019, o técnico Enderson Moreira tem sido constantemente vaiado e criticado pela torcida por conta do desempenho da equipe nos jogos dentro e fora da Fonte Nova. Porém, segue garantido no comando do time.

Em uma sexta-feira marcada por esclarecimentos dos jogadores, o presidente Guilherme Bellintani também se pronunciou, em entrevista coletiva na sala de imprensa do Fazendão.

Como não poderia deixar de ser, o assunto Enderson Moreira foi o mais perguntado pelos jornalistas. Bellintani citou os motivos que fazem a diretoria acreditar que a manutenção do treinador é a melhor escolha no momento – apesar das manifestações da torcida.

Permanência de Enderson

“Eu primeiro acho que o normal no futebol brasileiro, um treinador com os resultados que temos, pela expectativa criada, normal seria o treinador perder o emprego. O Bahia tem procurador agir de forma diferente. Quando a gente analisa os resultados, o automático, se tivesse um presidente populista, a reação seria a demissão do treinador. Mas temos que olhar os motivos do problema. Se não fizer uma mudança na origem do problema, será inócua. O Bahia tem olhado para longo prazo, mesmo que isso custe um desgaste. Não tenho dúvida que uma decisão de permanência do treinador quando todos esperavam a demissão é responsabilidade minha. O normal, o habitual, seria o desligamento. Mas vou dar dois ou três motivos que me levaram pela permanência. Primeiro, o trabalho que fez ano passado”.

“(…) Sei que temos um elenco mais fortalecido este ano, mesmo perdendo peças importantes. O pouco tempo da temporada é a segunda coisa. Temos 60 dias da temporada. Muito pouco tempo para tomar uma decisão, mesmo diante dos resultados que estamos tendo. A terceira coisa é a análise geral do trabalho. De ponta a ponta, a gente vê e tenho conversado com cada um, a sensação unânime de que o trabalho é um dos melhores já feitos no Bahia nos últimos anos. Há um caminho para que os resultados venham. Naturalmente a manutenção de resultados ruins força a visão de que, se continuar, teremos que mudar. O Bahia tem diálogo frontal com as pessoas. O treinador sabe que vive de resultados, mas, no Bahia, se os resultados demoram para acontecer isso não gera necessariamente uma avalição precoce do trabalho”.

Entrevista coletiva dos jogadores

“Não diria que chegaram até mim. Estou com eles diariamente. A diretoria do Bahia está diariamente com os jogadores. Viajo sempre, estou no vestiário, nos treinos. Estou sempre com eles. Essa mensagem que cada atleta precisa dar quando quer conversar é diária. A gente tem observado diariamente o prazer dos atletas de trabalhar com Enderson e até o excesso de responsabilidade que cada um puxa para si. Se for avaliar o trabalho como positivo e não dá resultado, eles puxam a responsabilidade para si”.

Cobranças da diretoria aos jogadores

“Tudo. Tenho dito sempre, disse desde os primeiros revezes, pela forma de trabalho que a gente tem, pela forma como encaramos o clube, que não buscamos um culpado específico. Entendemos que devemos ao torcedor, pela expectativa criada, mas seria simplório demais eleger um culpado. As cobranças têm acontecido, de mim para a comissão técnica e jogadores, da comissão técnica para os jogadores, e dos jogadores para os jogadores. É um grupo que gosta de trabalhar junto. O grande problema são os resultados. As cobranças têm sido intensas. O mais importante nesse momento é a cobrança que cada um faz de si próprio”.

Reunião com membros de torcida organizada no Fazendão

“Reunião ótima. Temos um contato, quando falo que o Bahia tem procurado ser um clube diferente até no momento de crise, é importante que a torcida demonstrou isso. Em vez de chegar para invadir, cometer algum ato mais agressivo, chegou para me encontrar. Procurou o clube, entendeu o momento, ouviu explicações. Passou mensagem de cobrança e apoio. Se a cobrança é feita com cuidado, pode ser incisiva, mas não violenta. Foi isso que aconteceu. Uma conversa de quase duas horas. O Bahia é um clube aberto. Preza pela conversa com a torcida. A cobrança foi firme. O torcedor não deixa de ser duro com o clube se cobra com educação e diálogo. Isso é o que precisamos para passar por essa dificuldade. Foi um saldo positivo”.

Cancelamento de entrevista coletiva na quinta-feira (14)

“Não tenho perfil de me esconder. Sempre dou entrevista quando os resultados não são satisfatórios. Ontem, especificamente, eu não dei entrevista porque estava conversando com o Enderson sobre todo esse processo”.

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