Arturzinho não é daqueles que estipula uma determinada pontuação a ser seguida pelo Bahia na Série C. Em 2004, o então técnico Vadão dizia que, de cada nove pontos disputados, o time precisava conquistar ao menos sete na Segundona.
Domingo, o tricolor estréia na próxima fase, enfrentando o desconhecido Atlético de Cajazeiras, na Paraíba. Logo depois, a tabela lhe concede a oportunidade de encarar Linhares e Nacional de Patos, seguidamente, dentro da Fonte Nova. Chance para obter três triunfos antes mesmo dos jogos de volta e, praticamente, se garantir na penúltima etapa do campeonato, certo? Pois, Artur prefere não pensar assim.
O carioca até admite que, com 10 pontos, o time pode se considerar classificado. Mas não quero confiar nisso, não. Quero o máximo de pontos, até para termos uma margem de tranqüilidade nos jogos finais, ressalva, antes de acrescentar, sem falsa modéstia: Precisamos é postular a primeira colocação, não achar que a segunda é aceitável… De repente, vai que dá uma zebra lá e você não se classifica?, indagou.
Nas preleções, o treinador contou que vai passar aos atletas sobre a necessidade de serem descartados eventuais exercícios de futurologia. Meu negócio é jogo a jogo. Se você ficar criando meta em relação a várias partidas, você deixa de enfocar o principal, que é a próxima, diz. Por isso, complementa: Vamos entrar em campo para trazer os três pontos lá de Cajazeiras.
FÁCIL? Arturzinho também discorda ser vantagem jogar o último compromisso em casa. Você corre o risco de começar perdendo e aumentar a pressão, que você sabe que no Bahia é enorme. Por outro lado, é verdade que uma boa estréia dá mais tranqüilidade para as partidas seguintes.
Questionado sobre o nível do grupo do Esquadrão de Aço, o 19, tachado por boa parte da torcida e imprensa como fácil, o comandante rebate: A gente só vai saber disso quando terminar esta fase. Na teoria, é muito fácil. Se fosse assim, o Flamengo e o Corinthians estariam nas primeiras colocações da Série A. Futebol nivelou muito. Se você achar isso, acaba sendo surpreendido. Não se está mais respeitando camisa e tradição. Cabe a você trabalhar direito.
Arturzinho antecipa que, além de conferir o DVD do último jogo do Atlético paraibano, vai ligar para o técnico do ABC de Natal, Ferdinando Teixeira, que no sábado passado derrotou a equipe, no Rio Grande do Norte. Ele é meu amigo e deve me relatar informações preciosas.
Na Série C de 2006, o Bahia teve uma segunda fase mais complicada do que a própria terceira. Chegou a perder tanto para o Treze/PB quanto para o Coruripe/AL, e encontrou dificuldades nos dois duelos diante do Icasa/CE, do hoje camisa 11 tricolor Moré.
604 minutos passou o goleiro tricolor Márcio sem ser vazado. O gol sofrido aos 37 do segundo tempo, para o Confiança, encerrou invencibilidade iniciada no último BA-Vi do Estadual, em maio. Dá mais de seis partidas.
Extremos | Vice-campeão baiano, o time comandado por Arturzinho encerrou a primeira fase da atual Terceirona com a melhor campanha entre os 64 clubes participantes. Somou 16 pontos de 18 disputados, o equivalente a 88,8%. Vice-campeão do Distrito Federal, o Esportivo Guará teve a pior campanha do certame, derrotado nas seis partidas. Estava no Grupo 10, ao lado dos goianos Vila Nova e Itumbiara e do mato-grossense Jaciara. Mas a campanha tricolor não permite empolgação. Em 2006, o filme foi bem parecido…
Vai ser bi? | Artilharia de Série C é um assunto que o Esquadrão de Aço conhece. Na campanha fracassada de 2006, o atacante Sorato, hoje no Vitória, foi o recordista de gols, com 16. Este ano, Nonato divide a liderança com Edenílson, do Roma de Apucarana-PR, e Ítalo, do Potiguar-RN. Cada um já anotou seis até aqui. Em 2006, Sorato terminou a primeira fase com cinco gols.
E, agora, Nonato tem outro concorrente de peso na disputa pela artilharia. O goiano Túlio Maravilha defende o Vila Nova e já anotou cinco. Está na cola.
Inédito | A série atual de cinco vitórias seguidas é inédita para o Bahia em 2007. No primeiro semestre, o máximo que o tricolor conseguiu foram quatro triunfos consecutivos no Campeonato Baiano.
Na Série C do ano passado, o time também não alcançou este feito.
Na competição atual, os únicos invictos são, além do Bahia, o acreano Rio Branco, o maranhense Imperatriz, o alagoano Coruripe, o paranaense Roma, e o paulista Juventus, que não se classificou para a segunda fase.
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Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta quarta-feira 08/08/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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