O mais novo terceiro padrão do Bahia foi lançado nas vésperas do Dia dos Pais e caiu no gosto da torcida do Esquadrão. Precedida de uma campanha publicitária na internet, a camisa cinza, alusiva ao apelido Tricolor de aço, foi anunciada horas antes do jogo contra o Boa Esporte e estreou com uma goleada de 4 a 1.
A estreia com pé direito e a data comemorativa certamente ajudaram no sucesso de vendas que se vê. O primeiro lote de camisas enviado para as lojas especializadas esgotou-se em poucos dias.
No site oficial do Esquadrão, o clube comemora a venda de mais de 7600 camisas de um total de 8200 feitas pela Penalty para esse lançamento. Segundo a nota do site oficial, esse foi o melhor lançamento de uniforme da história do Bahia. Em enquete promovida pelo ecbahia.com, 76% dos torcedores aprovaram o novo uniforme de “aço”.
TRADIÇÃO COMEÇOU EM 1998
Desde que passou a adotar a moda dos terceiros uniformes em 1998, o Bahia tem provocado diversas reações entre seus torcedores. Enquanto alguns, mais tradicionais, criticam o uso de cores ou tons diferentes do tradicional azul, vermelho e branco, outros aprovam a ousadia do clube e de seus fornecedores de material.
Para os supersticiosos, terceiro padrão é sinônimo de fracasso em campo, ou mesmo tragédia.. Na partida que selou o acesso tricolor da Série C para a B em 2007, o Bahia entrou em campo com uma camisa predominantemente azul-claro, com listras vermelhas e patrocinadores em dourado.
O que era para ser uma data comemorativa acabou ficando marcado como a maior tragédia do futebol brasileiro, quando a arquibancada da Fonte Nova cedeu e 7 tricolores perderam suas vidas. Aquele uniforme nunca mais foi usado.
Mas antes dessa camisa marcada pelo desastre, o Tricolor teve outras duas camisas alternativas, lançadas pela Penalty.
Em 1998, um camisa toda branca tentava homenagear os 10 anos do Brasileiro de 88 mas não fez muito sucesso apesar de ter estreado com um triunfo de 2 a 0 sobre o CSA pela Copa do Nordeste. Em 2000, por ocasião dos 500 anos da chegada de Cabral ao Brasil, um belo uniforme com o desenho do mapa do país e de uma caravela fez sucesso entre os torcedores.
Após um longo hiato entre 2000 e 2007, o Bahia passou a lançar um terceiro uniforme com mais frequencia. 2007 como citado anteriormente, teve seu padrão aposentado precocemente. Em 2008, o terceiro uniforme só apareceu na penúltima partida da série B, triunfo sobre o Marília num jogo sem o menor interesse. 2009 não houve terceiro uniforme, que só voltou no final de 2010, em uma homenagem à seleção da Espanha, então campeã mundial.
A estreia desse uniforme foi na partida entre Bahia e Coritiba, que terminou empatada em 1 a 1 e praticamente tirou o Bahia da disputa do título da série B daquele ano. 2011 foi a vez da camisa azul, que fazia alusão à seleção francesa. Novamente empate dentro de casa, desta feita contra o lanterna América-MG em Pituaço.
Com a chegada da Nike/Netshoes no final de 2011, o Bahia lançou a camisa 3 bem antes da tricolor. Divulgada como uma homenagem ao Arsenal, a camisa vermelha com mangas brancas foi usada pela primeira vez num jogo do Baiano de 2012 no triunfo do Esquadrão sobre o Vitória da Conquista.
A Nike ainda lançou a azul marinho e rosa em 2013, num triunfo diante do Náutico pelo Brasileiro daquele ano e a amarela, alusiva à seleção brasileira, lançada no começo de 2014 mas que só estreou em setembro, como parte do acordo de ruptura do contrato entre clube e empresa americana.
Essas últimas dividiram opinião. Enquanto alguns elogiavam as novas cores e acharam oportuna a alusão à Copa do Mundo, outros criticavam a falta de originalidade principalmente da azul e rosa que era uma cópia da camisa do Freiburg da Alemanha. Apesar disso, ainda hoje é comum ver as duas sendo usadas tanto nos jogos como nas ruas de Salvador.
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