Em baixa no Brasileiro, o Bahia pode se agarrar a uma coincidência carioca para acreditar na reabilitação contra o Vasco, nesta quinta-feira, às 19h30, em São Januário. O primeiro triunfo tricolor no campeonato, há cerca de 40 dias, aconteceu em um contexto idêntico ao atual.
Antes de ficar no 0 a 0 com o Coritiba, o único outro momento em que a torcida chegou a pedir a cabeça do técnico René Simões foi exatamente na semana do jogo com o Fluminense, vencido graças a um contra-golpe fulminante, já nos acréscimos, e fuzilado por Jobson… Lá no Rio.
A exemplo do que ocorreu domingo frente aos paranaenses, a galera também estava revoltada com um tropeço em casa do Esquadrão de Aço. Na ocasião, ante o Atlético-MG, por 1 a 1.
E assim, depois de apenas duas derrotas e dois empates no torneio, o treinador –que já havia escrito duas cartas para a Nação Tricolor– voltou a se dirigir diretamente à ela durante entrevista coletiva numa terça-feira à noite, e garantiu a reação do Bahia em campo.
“Quero olhar no seu olho, torcedor, do alto da minha experiência de 33 anos de futebol, colocar meu nome em jogo, e garantir que essa equipe vai virar e te dar muitas alegrias”.
Encerrado o duelo com o Galo, parte das arquibancadas igualmente cantou “Adeus, René”. Ele respondeu: “Também gritaram Fora, Márcio Araújo no segundo jogo dele aqui no Bahia e, depois, ele saiu carregado. Não sonho em sair carregado nos seus braços, torcedor. Mas quero te dar tranqüilidade nesse momento de ansiedade: esse time vai virar. Confio muito nisso”.
E acrescentou: “Quero parabenizar você que sofreu 90 minutos e não vaiou o time em momento algum. Depois que perdermos, você tem todo o direito de desabafar e gritar. Mas eu quero te dar a garantia de que vamos virar. Temos homens sérios, jogadores empenhados”.
“A gente não está aqui para dar desculpas, mas para trabalhar. E o trabalho está dando certo, sim, embora o torcedor discorde. Jogamos contra o Atlético-MG, que é uma das melhores equipes do campeonato. Saímos na frente, dominamos até os 20 minutos do segundo tempo, até os nossos volantes [Diones e Fahel] perderem a perna. Os números vão mostrar que o trabalho está certo. Mas, para o torcedor, é difícil ver isso, porque tudo soa como desculpa”.
AGORA
O tempo passou, o Esquadrão ainda ganhou do Atlético-PR e fez boas apresentações nas rodadas seguintes, porém a paciência se esgotou de novo com o jejum sobretudo em Salvador.
Nesta terça, haverá coletivo em Pituaçu. Na sequência, René dará a primeira coletiva pós-Coxa. As palavras deverão ser semelhantes. A expectativa é de que o resultado se repita.
Outro ingrediente é que, na base, o Bahia também vinha com notícias positivas tanto do time sub-15 quanto do sub-20. Naquela oportunidade, os garotos do infantil haviam acabado de conquistar a etapa brasileira da Copa Nike. Agora, viajaram rumo ao Mundial do certame.
Já os juniores estavam prestes a faturar o torneio italiano Angelo Dossena. Atualmente, eles disputam e continuam invictos na Taça Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Para finalizar, o adversário ajuda. Ao contrário do que ocorreu contra Botafogo, Cruzeiro e Coritiba, o Tricolor tem retrospecto favorável em relação ao Vasco. Exatamente o rival azul, vermelho e branco nas semifinais do primeiro Brasileirão da história, em 1959, quando depois despachamos o Santos de Pelé e viraríamos o primeiro representante do país na Libertadores.
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