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Nonato prometeu gol e cumpriu – De vilão a herói

Notícia
Historico
Publicada em 13 de maio de 2002 às 22:22 por Da Redação

Só no Futebol. Há menos de um mês, o herói do BiCampeonato regional era o jogador mais odiado pela passional Nação Tricolor. A ira explodiu após a eliminação do Bahia contra o Atlético Mineiro, quando Nonato desperdiçou inúmeras oportunidades e saiu da história como “culpado”.

Ele foi o artilheiro tricolor no ano passado, com 35 gols marcados. Mas isto não foi suficiente para as impedir as vaias. Tudo começou no longínquo dia 6 de fevereiro de 2002.

Depois de não estar vivendo uma boa fase, o técnico Bobô resolveu sacá-lo do time titular para a partida contra o ABC, nas vésperas do Carnaval. Irritado, o jogador não aceitou a condição de reserva, saindo da concentração sem dar explicações, recusando-se a ir para o jogo, numa demonstração clara de anti-profissionalismo.

A partir daí, começou o inferno para Nonato. O atacante não teve folga durante o período momesmo, tendo que ficar no Fazendão por 2 perídos enquanto os demais atletas curtiam as festividades na cidade.

O tempo foi passando mas Nonato continuava mal. Pior. Os boatos sobre ele ter uma vida noturna agitada eram constantes.

Para complicar ainda mais, no embate contra o Santa Cruz, dia 17 de fevereiro, mesmo tendo marcado um gol, o atacante não parava de ser xingado pela torcida. Ao fim da partida, ele fez gestos obscenos em direção a alguns integrantes de uma torcida organizada e “soltou o verbo” no vestiário tricolor.

Ao ser perguntado sobre as vaias da torcida, o atacante extrapolou: “São marginais, que só sabem ofender, não respeitam os jogadores de futebol e não representam os verdadeiros torcedores do Bahia. Não devo satisfação a torcedor”. Essa atitude causou muita repercussão e desde então, o jogador é bastante perseguido, mesmo tendo pedido desculpas após o fato.

Certamente, após o jogo diante do Galo (17/04) pela Copa do Brasil, o anti-nonatismo tomou proporções imensas. Daí para frente, parece que o atleta foi “tomando juízo” e melhorando seu futebol.

Independente de ter perdido chances e o jogo ter sido 10 a 2, Nonato fez 4 gols (record na carreira) em cima do Confiança na última rodada da fase classificatória. Já na fase decisiva do campeonato, ele subiu ainda mais de produção. No segundo jogo da semifinal, marcou o gol do triunfo sobre o Náutico.

E foi, surpreendentemente e queimando a língua de vários tricolores, melhorando mais e mais. No primeiro BA-Vi da final, foi o melhor em campo, marcando um gol (com frieza e tranqüilidade jamais vista) e dando várias assistências. Na finalíssma, foi o dono do jogo, empatando a partida duas vezes para o Bahia e garantindo o bicampeonato.

Como recompensa, Nonato ganhou o prêmio de melhor jogador da chamada SuperFinal do Campeonato do Nordeste e ainda (finalmente) foi bastante aplaudido pela Nação Tricolor presente ao Barradão.

Apesar das pesadas críticas que recebeu num passado próximo, o artilheiro não esqueceu da torcida.

“Todo mundo no Bahia, inclusive a torcida, sabe que eu tenho condições de marcar muitos gols. Por isso, me cobravam tanto. Felizmente, tanto pra mim, quanto para os torcedores, voltei a marcar com freqüência e pude ajudar o time a ser BiCampeão. Não guardo nenhuma mágoa da torcida, muito pelo contrário, vivo em função dela, a quem dedico esse título”, disse, chorando, Nonato, que havia prometido um gol pra galera e cumpriu a promessa em dose dupla.

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