O mais recente Bahia x Itabuna no palco do jogo desta quarta-feira ocorreu no dia 8 de janeiro de 2006, na abertura da fase classificatória do Primeiro Turno do Estadual. Confira notícia – absolutamente revoltada – que publicamos na ocasião, intitulada Ano começa como acabaram os últimos…:
E o Ex-quadrão de Aço segue descendo a sua ladeira – sem fim – rumo ao ostracismo, para desespero de uma Nação Tricolor (até quando?) já anestesiada com tantas decepções nas últimas temporadas.
Ridículo. Quatro meses após o vergonhoso rebaixamento para a Terceirona, o bicampeão brasileiro de 59/88, primeiro representante do país na Libertadores, amargou uma dolorida derrota logo na estréia do Estadual 2006, na tarde deste domingo, num Luiz Viana Filho com ótimo público. O que mudou de lá para cá, depois de “alterações” na diretoria e refomulação na comissão técnica e elenco? Nada.
Está cada vez mais difícil assistir a um jogo do Bahia até mesmo para o mais fanático dos torcedores. Atuando de forma medíocre, o time do treinador Luís Carlos Cruz perdeu para um fraco Itabuna, que aproveitou o desentrosamento total do visitante para triunfar por 2 a 1. E poderia ter sido mais.
O sistema com três zagueiros altos e lentos à frente de um inseguro Márcio já começou a mostrar que não ia dar certo a um minuto de partida, quando o bom lateral-direito itabunense Carlos Alberto cruzou da esquerda e o centroavante Guga, de meia-biciclata, inaugurou o placar do campeonato com um golaço. O arqueiro azul, vermelho e branco só olhou. A partir daí reinaram os “bate-cabeças” na área do Esquadrão, que não conseguia sequer trocar dois passes.
Aos 20, o volante improvisado na defesa Jota sentiu dores na coxa e saiu para a entrada do beque Jaílson, enquanto os azulinos mandavam uma bola na trave. A segunda alteração ocorreu na volta do intervalo, com o meia Alexandre Salles ocupando o lugar de um insosso Jair. Menos pior, a equipe chegou ao empate através do atacante Rony, que recebeu de Guilherme (que havia acabado substituir o gigante Carlinhos), avançou pela direita, foi levando sozinho e chutou da meia lua, aos 26. O ex-tricolor Ederson aceitou.
Em seguida, dois lances capitais simultaneamente à uma chuva fina que assumiu o posto do escaldante sol da região cacaueira. Primeiro, o mesmo Rony fez bela jogada, entretanto só acertou o poste grapiúna. Depois, o Bahia ficou com dez homens em campo em virtude da expulsão de Jaílson, por dois rápidos amarelos, e se viu absolutamento exposto ao adversário.
Não deu outra: aos 40 da etapa final, cobrança de falta da direita, ninguém de branco sobe e – ó Deus – gol do Itabuna. Márcio bem que pulou, mas a cabeçada de Rondinelli foi no ângulo. Falar mais o quê? Apenas que os anfitriões ainda se deram ao luxo de desperdiçar duas chances incríveis.
O ano promete.
ITABUNA 2 X 1 BAHIA
08/01/2006, 15h00
Local – Luiz Viana Filho, Itabuna-BA
Bahia – Márcio, Jota (Jaílson), Carlinhos (Guilherme) e Josemar; Chiquinho, Baiano, Jair (Alexandre Salles), Rodrigo Pardal e Jean; Rony e Rivaldo. Técnico: Luís Carlos Cruz
Itabuna – Ederson, Carlos Alberto, Geriel, Bigulino e Diego; Nenenzinho, Rondinelli, Ley (André) e Serginho; Nino (Lico) e Guga (Gustavo). Técnico: Beto Oliveira
Gols – Guga (1 min do 1º tempo), Rony (26 do 2º) e Rondinelli (40 do 2º)
Árbitro – Manoel Nunes Lopo Garrido (BA)
Cartões amarelos – Rivaldo, Josemar e Jaílson (Bahia); Serginho (Itabuna). Cartão vermelho: Jaílson (Bahia)
Renda – R$ 39.758,00 / Público – 4.431 pagantes + 5.000 vale-show
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