Lateral adverte equipe sobre o desastre que é a 3ª

O lateral-esquerdo Luciano Amaral é o único jogador do elenco tricolor que já passou pelos dissabores da Série C do Campeonato Brasileiro, onde a bola pinga muito mais que rola nos campos esburacados Brasil afora. Em 2004, o jogador disputou a competição pelo Lages, de Santa Catarina, que acabou eliminado na segunda fase pelo Ulbra, do Rio Grande do Sul. Depois de um bom início de temporada 2005 pelo também catarinense Tubarão, o lateral foi contratado pelo Bahia e hoje é o dono da camisa 6 tricolor.

Mesmo com o time na segunda divisão, nada que se compare aos “gramados ralinhos, com grama aqui e ali” de 2004. “Aquilo é horrível. Não tem torcida, não tem cobrança, não tem visibilidade. Pode reparar que o campeonato já começou e até hoje ninguém falou nada”, recorda-se, sem nenhuma saudade. O ideal é o de nunca mais voltar. Só em pensamento, quando é abordado por algum companheiro. “Já falei para o pessoal que a gente não pode deixar o time cair, por que eles não sabem o que os espera lá”.

Apesar do clima tenso que ronda o clube, o jogador demonstra tranqüilidade. Ainda há fé na permanência na Série B, mesmo que sejam necessárias duas vitórias contra Santo André e Paulista. Mais que isso, se for procurado pela diretoria para renovar o contrato que termina no dia 31 de dezembro, já afirmou que fica no clube. “Particularmente queria ficar. O ambiente é bom, tenho bom relacionamento com todos. Já tive sondagens de times da Série A, mas preferi continuar meu trabalho por aqui”, explicou.

O curioso é que Luciano Amaral é, ao lado do goleiro Emerson, um dos que disputou todas as partidas sob o comando do técnico Procópio Cardoso. Em meio a uma série de lesões e suspensões na equipe, o jogador está pendurado com dois cartões amarelos desde a chegada do novo treinador, há cinco partidas.

Correio da Bahia

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