Nem em Salvador, tampouco no Rio de Janeiro. O reencontro do Bahia com Evaristo de Macedo, técnico da equipe na histórica conquista do Brasileião de 1988 e que comandou o Tricolor nas conquistas do Campeonato do Nordeste e Baiano de 2001, será em Teresina.
Após deixar o Fazendão no dia 3 de janeiro de 2002, Evaristo aceitou o convite do Vasco da Gama, próximo adversário do Esquadrão de Aço. Na época, todos ficaram perplexos e ao mesmo tempo indignados com a atitude do treinador, já que vinha de um excelente ano no comando do Bahia. Ademais, todos os planos do clube (contratações, dispensas, etc.) estavam totalmente vinculados ao “Mestre” Evaristo.
Além do clima de indefinição que foi criado a partir de sua saída, não só a torcida, como a imprensa baiana e a direção ficaram revoltadas.
No final de 2001, Evaristo havia praticamente acertado sua permanência em Salvador. Todavia, a maior causa de toda a conturbação que houve, não foi somente pelo simples motivo dele ter saído, mas sim pela forma como o fez.
Para se ter uma idéia, os próprios cartolas do Bahia souberam da notícia pelo telefone, numa demonstração – no mínimo – de pouca ética. Em seguida, enviou um fax sem maiores satisfações. Confira o documento na íntegra:
“Sirvo-me do presente para comunicar-lhes que em virtude de problemas particulares, não poderei dar continuidade aos serviços que até então prestava à esta Instituição. No mais, ficam meus agradecimentos pela maneira com que fui tratado durante minha passagem no Clube, desejando um ano vitorioso ao Bahia S.A (2002)”.
Bobô, o maior craque naquele time de 1988, foi o encarregado de preencher a lacuna do ex-treinador. A seu favor, tem o mérito de em menos de um ano na nova função, já ter conquistado um título. Resta saber qual dos dois vai se dar melhor no confronto deste domingo, às 16 horas, pela Copa dos Campeões.
Mas, apesar de tudo, o certo é que Evaristo de Marcedo continua sendo amado por uns e odiado por outros.
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