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Falcão bate interessantíssimo papo em jornal; leia

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Historico
Publicada em 16 de maio de 2012 às 20:18 por Da Redação

Foto: Divulgação“ width=

O técnico Paulo Roberto Falcão, 58, revelou bastidores e detalhes que todo torcedor gosta de saber em entrevista concedida na redação do Correio*, com direito à presença da equipe de esportes do jornal. O bate-papo sobre a taça de domingo foi publicado nesta quarta-feira. Confira:

O que você sentiu logo após conquistar o título?
Rafael Donato me levantou no colo e parecia que eu ia bater no céu, mas acho que era como a gente estava se sentindo mesmo, no céu. Todo o trabalho que você fez vem naquele hora. Você vive, sente, mas não consegue definir. Na minha palestra antes do jogo, passei um vídeo mostrando para os jogadores o que eles fizeram pra chegar a esse jogo. Disse pra eles que nós tínhamos feito 99% e que tínhamos que fazer 100%.

O cabelo ficou todo assanhado na comemoração. Emoção demais pra manter a elegância?
Faltou gel (risos). Agora já cortei o cabelo. Estava feio. Eu tinha colocado o gel, mas você vai suando no jogo, vai saindo, e também estava grande. Ouvi de alguns jogadores e comissão técnica dizendo que se ganhassem iriam raspar a cabeca. O Saturnino (massagista) iria tirar o bigode. E falaram “vamos raspar o professor”. Aí eu pensei comigo: “não vou cortar até sermos campeões”.

Galvão Bueno te ligou pra parabenizar pelo título?
Galvão ligou. Me ligou de Barcelona. Falei com o (Felipe) Massa também, que estava jantando com ele, pois foi depois da corrida. Disse que não conseguia ver na internet, que trancava. Galvão me incentivou muito pra voltar. Recebi ligação também do Mano (Menezes), de Muricy (Ramalho), do Leandro Damião, Oscar… Isso que é o gostoso do futebol, a relação que você constrói.

O título baiano te ajuda a se afirmar como técnico?
O futebol vive de resultados, mas eu sempre tentei ver a coisa de uma forma mais ampla. Não existe nenhum treinador perfeito. Tem três figuras que você não erra nunca em criticar: presidente da república, governador e treinador. Mas o título também tem a sua importância, foi o segundo regional que eu ganhei depois que voltei, e em situação muito difícil, peguei sempre o barco andando.

Recebeu sondagem ou proposta de outro clube?
Nem proposta e nem sondagem. Ninguém me procurou. Tenho contrato até dezembro e no que depender de mim eu fico. Mas no ano passado eu fiz contrato de um ano e oito meses e fui demitido. Então, eu gostaria de ficar até dezembro, minha ideia é essa, mas eu sou 50% da situação.

A torcida te impressionou?
Me impressionou muito no jogo contra o Vitória da Conquista (semifinal), no gol do Rafael Donato. Ali foi impressionante como o grito saiu forte, saiu do coração, foi muito forte aquilo.

Tem alguma música da torcida que você gosta?
Tem uma que fala pra ir pra cima. Eu achava que era “vai pra cima deles, Falcão” e não entendia, porque o time já tava todo em cima. Aí depois entendi que era “Esquadrão”.

Algo te surpreendeu desde que começou a treinar o Bahia?
A exigência do torcedor do Bahia me surpreendeu. Por estar tanto tempo sem ganhar, achei que o torcedor estava mais paciente, mas foi o contrário, me enganei. Os torcedores são muito exigentes, mas porque na história o Bahia ganhou 44 títulos estaduais, foi um time que sempre ganhou. Quando eu fui jogar no Roma, a torcida não tinha essa exigência de título e eu dizia que tinha que existir. E acho que o grande legado que foi deixado no Roma é que a torcida hoje é exigente.

Está adaptado a Salvador?
Eu gosto daqui, sempre tive uma identificação. O ser humano se adapta rapidamente e como não se adaptar a uma cidade que tem um sol maravilhoso e uma maneira tão diferente de levar a vida?

Qual a diferença entre treinar o Internacional e o Bahia?
A diferença fundamental é que no Internacional todo dia eu me sentia testado, em treino, em jogo, em preleção, diferentemente daqui, aqui um pouco, mas bem menos. Aqui o pessoal olha e tal, mas acredita. Houve uma identificação com a torcida do Bahia sobre a maneira que o Bahia tinha que jogar e isso ajudou.

Você encontrou a posição de Gabriel. O que acha dele?
Vi ele jogar e achei que ele era um jogador mais de meia. Já pensei algumas vezes dentro do jogo em colocá-lo pela direita como ala, acho que ele faz muito bem isso, mas ele casou muito bem ali com o Madson. Tive uma conversa com o Gabriel antes do segundo jogo (da final). Achei que ele não foi bem no primeiro, aceitou muito a marcação. Mostrei pra ele os lances e ele me disse que tava sem força. Aí eu disse que ele não estava sem força, que se estivesse não correria o que corre. Disse que ele estava sem confiança e aí trabalhei a confiança dele. É um jogador que tem muito futuro, mas tem que trabalhar algumas coisas, claro.

Acha que ele deveria ter sido chamado para a Olimpíada?
Ele e mais um monte. Eu gostaria de ter feito com ele um trabalho de reforço muscular que se faz hoje em dia, mas é que não dá pra fazer no meio da competição. Mas tem gente de olho nele, todo mundo fala. Amigos que estão perto de empresários falam e eu fico sabendo, evidente. Sobre ele e o próprio Madson.

Nas finais do Baiano você sacou Morais do time e mudou o esquema tático. Por que?
Eu precisava dar uma consistência maior pra liberar os laterais. Morais é mais de articulação. Achei que precisava matar a saída de bola do Vitória, pois eles têm tres jogadores rápidos no meio e eu precisava bater três contra três.

Quais são os setores que o Bahia precisa se reforçar?
Deixamos isso pra depois do campeonato e vamos começar a falar sobre isso. Todos os times precisam se qualificar.

Pensa em voltar a treinar a seleção brasileira ainda?
Não. Nem pensei isso. Não deu nem tempo de pensar nisso. A Seleção está muito bem como Mano.

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