Marcada pelo equilíbrio e por poucas chances de gol, a partida entre Bahia e Santa Cruz terminou com o empate em 1 a 1 na noite desta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, o que deixa o Tricolor em situação complicada na tabela de classificação. Pouco mais de 7.400 pagantes assistiram a equipe armada pelo técnico Marquinhos Santos pouca inspirada. Na teoria o treinador prometeu que não abriria mão da estratégia ofensiva. Mas na prática a história foi outra…
O JOGO
A escalação inicial reeditou o esquema com três volantes, utilizado nos últimos anos e criticado pelo comandante tricolor em entrevistas recentes. Com Fahel na vaga de Talisca, repetindo a alteração realizada no intervalo do último jogo em Maceió, o Tricolor ganhou mais segurança no sistema defensivo.
Completando o trio, Rafael Miranda e Diego Felipe ficaram responsáveis por anular o setor de criação da equipe pernambucana, dando maior liberdade para Branquinho armar as jogadas e encostar na dupla de ataque, formada por Rafinha e Rayner. Que tentaram, na base da habilidade, explorar os contra-ataques, principal arma utilizada pelo Tricolor. A falta do centroavante ficou evidente, quando o time exagerou na ligação direta.
Sem muitas emoções, graças ao excesso de passes no campo de defesa das duas equipes e à prevalência dos zagueiros sobre os atacantes, a partida não agradou ao torcedor nos 20 minutos iniciais. O Bahia só assustou o goleiro adversário aos 21 minutos, em chute cruzado do lateral esquerdo Raul, que apesar de ter tido maior liberdade para apoiar o ataque, continuou deixando a desejar.
Logo depois, aos 25 minutos, em jogada rápida pela direita, Rafinha viu bem a passagem do lateral Madson que chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro. A zaga pernambucana rebateu mal e a bola sobrou na entrada da área para Diego Felipe finalizar para boa defesa do goleiro do Santa. No rebote, Rhayner completou de forma acrobática, quase sem ângulo, para abrir o placar.
O jogo seguiu sem muitas emoções até os 36 minutos, quando o Santa Cruz chegou com muito perigo à meta defendida por Marcelo Lomba. Após cruzamento pelo lado esquerdo de ataque do time coral, a bola sobrou para o atacante Natan finalizar e Raul, com Lomba já batido no lance, salvar o gol de empate. Após o susto, o Tricolor conseguiu neutralizar as principais jogadas adversárias e saiu com o triunfo parcial para os vestiários.
Na volta do intervalo, o panorama não mudou muito com o Bahia bem postado no campo defensivo, procurando explorar os erros do Santa Cruz e a velocidade de Rafinha e Rhayner. Sem, no entanto, conseguir encaixar bem o passe que levaria à ampliação do placar.
Antes dos 20 minutos, Madson sentiu o desgaste físico e saiu para a entrada de Talisca, com Rafael Miranda sendo deslocado para a lateral-direita, função que o volante acabou exercendo nos jogos finais do Brasileirão. O Santa também mexeu com a entrada de Léo Gamalho, que de cabeça quase conseguiu empatar logo no seu primeiro lance, após falha de posicionamento de Lucas Fonseca e do goleiro Marcelo Lomba.
Rhayner também foi substituído por Hugo, que entrou para explorar os avanços do time de Recife. A mexida quase surtiu efeito aos 24 minutos, quando o atacante chegou bem na linha de fundo, mas errou na hora do cruzamento para Rafinha que fechava livre na pequena área. Na sequência foi o baixinho que cedeu a vaga para o garoto Anderson Melo, que ainda tentou apoiar o ataque pelo lado direito, além de ajudar Rafael Miranda na marcação.
O que o torcedor tricolor mais temia aconteceu aos 30 minutos. Em uma triangulação bem feita no setor de ataque, a bola foi passada para Tiago Costa que, nas costas de Rafael Miranda, finalizou forte no alto, sem chances de defesa para Lomba. Empate pernambucano e silêncio na maior parte das dependências da Arena Fonte Nova.
O jogo ficou aberto logo após o gol do Santa Cruz e as duas equipes partiram para o ataque em busca do triunfo. Aos 32 minutos Hugo em jogada individual pelo lado esquerdo driblou a zaga pernambucana, só que chutou fraco para defesa tranquila do goleiro Tiago Cardoso. O time coral respondeu na sequência em chute cruzado do centroavante Léo Gamalho.
No último minuto o Tricolor quase marca no chute de primeira de Talisca da entrada da grande área, completando a bola alçada por Rafael Miranda. No rebote a torcida ainda pediu pênalti, alegando que o zagueiro empurrou o meia tricolor que havia exigido a defesa do goleiro adversário. Fim de papo e vaias para o desempenho do time do Bahia na segunda partida pela Copa do Nordeste.
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