Destino põe Hélio em situação semelhante à de 98

Quis o destino que Hélio dos Anjos, atual técnico do Bahia, estivesse no caminho do Vitória-BA em outra temporada na qual o Leão pode ser tetracampeão baiano. Em 1998, ele dirigia o rubro-negro, que fracassou na tentativa desse título inédito – o tricolor de Evaristo de Macedo ganhou. Este ano, o treinador mineiro tem a missão de repetir a história, desta vez comemorando em lugar de lamentar o fato.

O Esquadrão não conquista o Estadual desde 2001, quando bateu o Juazeiro por 3 a 1, na casa do adversário, depois de empatar na Fonte Nova. Nas edições seguintes, sequer chegou à decisão. O rival levantou a taça nas duas temporadas, batendo Fluminense de Feira e Catuense, respectivamente. Pior foi em 2003, num certame em que acabou eliminado vergonhosamente na 1ª fase.

Ano passado, o time do Fazendão ao menos voltou a freqüentar as finais. Mas o Bahia do técnico Vadão ainda estava se arrumando e só fez dificultar um pouco mais o segundo tri de Canabrava. No jogo de ida, na Fonte, empate em 1 a 1. Na volta, com o Vitória-BA jogando por resultado igual, um valente Bahia perdeu por 1 a 0, tendo que assistir à volta olímpica rubro-negra.

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No campeonato que se inicia hoje, o quadro é diferente. Apesar do baque de perder em casa a chance de retornar à Série A do Brasileirão, o Bahia herdou a base montada por Oswaldo Alvarez. Quase toda a formação que inicia a competição diante do Ipitanga foi armada por ele.

Desde que foi anunciado, Hélio deixou claro que a meta principal da temporada é o retorno à Primeira Divisão. Mas, para diminuir a pressão, a Copa do Brasil e o Estadual tornaram-se mais do que uma oportunidade de testes para a Segundona. “É de suma importância ganhar o Baiano”, afirma o treinador.

Ele sabe que o título ajudaria muito na dura missão que se inicia em abril. Além disso, a conquista poderia abafar os críticos que não conseguem desvincular sua imagem da do arqui-rival, onde já trabalhou por quatro oportunidades.

A Tarde (Adaptado)