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Confissão de árbitro envolvido não inclui Série B

Notícia
Historico
Publicada em 29 de setembro de 2005 às 01:14 por Da Redação

O árbitro Paulo José Danelon confirmou nesta quarta-feira, em depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, seu envolvimento na máfia do apito. Ele afirmou que recebeu R$ 30 mil para interferir em resultados de três partidas do Campeonato Paulista de 2005.

Ele não confessou, porém, envolvimento com as quatro partidas da Série B que interessam a clubes insatisfeitos com seus destinos na Segundona. As partidas são: Paulista 4 a 0 Guarani no dia 8 de maio, Portuguesa 0 a 4 Ituano dia 10 de junho, Guarani 2 a 1 Santo André em 9 de julho e Ituano 2 a 1 Marília no dia 13 de junho. Desta forma, a Série B, ameaçada de parar de acordo com as investigações, permanece com o calendário inalterado.

O Bahia tinha interesse direto na anulação e nova realização dos jogos, para que assim pudessem, possivelmente, voltar a subir para a Série B, acontecimento considerado impossível pelo presidente do STJD, Luiz Sveiter, que afirmou que não há volta para os rebaixados que não em campo.

Os resultados dos jogos manipulados por Paulo José Danelon alterariam a classificação final do Paulistão, mas não tirariam o título do São Paulo nem mudariam os times que foram rebaixados para a Série A2. O árbitro foi indiciado por crime contra a economia popular, estelionato e formação de quadrilha.

Em depoimento que durou mais de cinco horas, nesta quarta-feira, Paulo José Danelon contou que foi procurado pelo empresário Nagib Fayad em setembro de 2004 para participar de um esquema para manipular resultados de jogos. O objetivo era lucrar com apostas em sites ilegais na internet.

Paulo José Danelon confessou que recebeu R$ 10 mil para cada uma das 3 partidas que manipulou o resultado. No jogo entre Corinthians e Ponte Preta, no dia 23 de fevereiro, foi orientado a auxiliar o time da capital, que venceu por 3 a 0. Na partida entre Guarani e Atlético Sorocaba, dia 13 de março, o combinado era que terminasse com empate ou vitória do Sorocaba, que venceu por 1 a 0.

A terceira armação aconteceu no jogo em que a Portuguesa Santista foi derrotada por 1 a 0 pelo União São João, no dia 3 de abril. O esquema havia combinado que o time de Araras deveria sair de campo como vencedor.

Segundo Danelon, o esquema também foi armado para o jogo Santos 0 x 0 Guarani, no dia 10 de fevereiro. O combinado era que o time da Vila Belmiro vencesse. Ele contou: “No intervalo, falei para o capitão do Santos que eles estavam jogando muito mal, que nem estavam chegando na área do adversário. O Basílio (atacante santista) perdeu um gol que nem minha mãe perderia. E o bandeirinha ainda anulou um gol do Santos.”

Paulo José Danelon revelou detalhes de sua participação no esquema. Disse que, em julho de 2004, conheceu, em um grupo de pessoas ligadas ao esporte em Piracicaba, Wanderlei Pololi, que virou secretário de um Conselho Desportista de Piracicaba, presidido pelo árbitro.

Danelon disse que Wanderlei contava “várias histórias do passado, dizendo que conhecia juízes corruptos e que inclusive levava envelopes da escala dos árbitros com o resultado pronto.” Wanderlei apresentou Nagib Fayad para Danelon, que entrou no esquema da máfia do apito antes mesmo de Edílson Pereira de Carvalho, que está preso na sede da PF desde sábado e deve ser solto na manhã desta quinta-feira.

A Tarde On Line (Adaptado)

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