Bola parada é a arma do Bahia na Segundona

Metade dos 18 gols que o Tricolor marcou na Série B foram oriundos de cobranças de faltas ou escanteios. O fenômeno pode não agradar a quem aprecia o jogo de tabelinhas, dribles e toque de bola, mas é inegável que também é fruto de treinamento e das virtudes de alguns atletas do elenco.

É o experiente Robert quem vem comandando o Bahia quando o assunto é bola parada. Dos nove gols da equipe assinalados em lances deste tipo, sete saíram em jogadas com participação do meia canhoto. Outros dois jogadores atuam como coadjuvantes: o zagueiro Leonardo, com duas assistências e três gols, e o volante Cícero, que também balançou as redes adversárias por três vezes.

O goleiro Márcio opina: “Uma bola bem cruzada é 70% do gol. Os outros 30% também são essenciais e precisam ser preenchidos por bons cabeceadores e uma movimentação correta, para que o cobrador tenha opções de onde colocar a bola. No nosso caso, trabalhamos quase que diariamente esse tipo de jogada, além de contarmos com atletas como Leonardo, Cícero e Luís Alberto dentro da área”.

A boa quantidade de gols feitos em lances de bola parada tem livrado a cara dos atacantes tricolores, que só marcaram em sete oportunidades até aqui na competição. No mapa dos gols feitos pelo Bahia, mesmo sem ter a obrigação, os defensores assinalaram mais vezes que os homens de frente: foram três gols de Leonardo e a mesma quantidade para Cícero. O lateral-direito Neném fez dois e o frente-de-zaga Neto assinalou um.

CONTRAPONTO
Se por um lado o time é feliz quando vai ao ataque nas faltas e escanteios, por outro, na hora de defender, os lances de bola parada têm sido o pesadelo da defesa e da torcida. Dos 12 gols que o Esquadrão sofreu na Série B, nove surgiram após jogadas deste tipo. Márcio acha o número um pouco exagerado, mas entende que seja natural que os adversários se aproveitem também deste artifício.

Correio da Bahia (Adaptado)

Clique aqui para saber tudo sobre o Campeonato Brasileiro 2004