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Heróico, triunfo faz história mas não serve

Notícia
Historico
Publicada em 21 de maio de 2006 às 19:19 por Da Redação

Quebra de tabu de um lado, quebra de tabu do outro. Se o rival acabou no último fim de semana com um jejum de mais de cinco anos sem vencer na Fonte Nova, o Bahia deu o troco neste domingo ao derrotar o rubro-negro pelo mesmo placar, 1 a 0, em pleno Barradão. Mas o resultado, que não acontecia desde 5 de abril de 1998, não serviu para o Tricolor se classificar para a decisão do Segundo Turno do Estadual, já que o Vitória fez valer a vantagem de jogar por dois resultados iguais. Agora eles terão pela frente o Colo-Colo, campeão do Primeiro Turno, que eliminou o Ipitanga.

Violento e marcado por muita polêmica, o clássico ofereceu poucos lances de perigo aos quase 30 mil torcedores que compareceram ao estádio. Emoções mesmo, e várias, apenas nos minutos derradeiros, quando houve expulsão, pênalti perdido, invasão a campo de cartolas e o solitário gol azul, vermelho e branco. O segundo tempo, para se ter idéia, durou mais de uma hora.

O jogo começou igual para ambos os times, com os donos da casa saindo em contra-golpes e o Esquadrão no ataque, porém sem assustar. Aos 34, a jogada mais discuta da etapa inicial: após cruzamento de Rafael Bastos, Luís Alberto cabeceou a bola nas redes de Emerson, só que o árbitro Fernando Andrade preferiu anular, alegando impedimento. Ainda houve um toque de mão dentro da área do zagueiro Itamar, também ignorado, para desespero visitante.

A partida permaneceu truncada no tempo complementar, quando os técnicos iniciaram as suas substituições. Arturzinho trocou Mendes por Marcelo Boliviano. Em seguida, Mauro Fernandes colocou Abimael no lugar de Rafael Bastos e ouviu gritos de “burro” partindo das arquibancadas (um minuto antes, por pouco o camisa 8 não abriu o placar numa cobrança de falta). Depois o Tricolor de Aço sacou Paulo César e Galego para as entradas de Da Silva e Ávine; no Leão, saíram Fábio (Bida) e Advaldo (Flávio).

Aos 44, Laerte cometeu pênalti em Bida. A sinalização do juiz provocou mais de dez minutos de paralisação. Inconformados, tricolores rodearam Fernando Andrade, que agrediu Sorato no rosto e solicitou a entrada do pelotão de choque. Confusão encerrada, Darci defendeu espetacularmente o chute de Alessandro Azevedo, no canto esquerdo. A intervenção do goleiro animou o Bahia que, mesmo com um a menos – Guilherme foi expulso logo depois da penalidade -, aproveitou os acréscimos para ir para o tudo ou nada.

E conseguiu. Aos 58, Esquerdinha cruzou, a bola viajou, Luís Alberto dominou, foi ao fundo e finalizou cruzado. Ela resvalou em Da Silva e encontrou Laerte que, atrás do “bolo” de atletas, empurrou para o fundo da meta, de joelho. Na esperança da classificação, o Bahia seguiu pressionando, mas não deu.

Apesar da eliminação a galera reconheceu o empenho da equipe e fez a festa ao coros de “O Barradão é nosso!” e “Ah, eu fui roubado!”. Em troca, os jogadores arremesaram peças do uniforme para a massa, enquanto no resto do estádio a torcida rubro-negra chegou a vaiar o time pelo tropeço histórico.

O Tricolor, que voltou a bater o arqui-rival após 11 BA-Vis, só retorna aos gramados em 16 de julho, contra o Confiança, em sua estréia na Terceirona.

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