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Bahia faz milagre e Nação festeja com “Fora MGF”

Notícia
Historico
Publicada em 2 de junho de 2013 às 20:30 por Da Redação

Quem diria, mas o Bahia voltou a vencer. Mais: derrotou o Inter dentro do Rio Grande do Sul. E, com o resultado, pulou para a 10ª posição do Campeonato Brasileiro, com quatro pontos em três jogos. O triunfo por 2 a 1 foi conquistado graças a gols dos atacantes Ryder e Fernandão.

Apesar do resultado positivo, os torcedores presentes festejaram com cartazes de “Fora MGF”, em referência ao presidente Marcelo Guimarães Filho, responsável pela crise vivida dentro e fora de campo pelo Tricolor. Confira o relato da partida do Globoesporte.com:

“Foi uma noite para inverter toda e qualquer lógica. A temperatura ferveu em campo na fria serra gaúcha. O time antes desprovido de pontaria marcou dois belos gols, e quem jamais conhecera insucesso jogando em casa na temporada e diante deste rival no Brasileirão desde 1990 precisou conviver com tais dissabores. Assim, num domingo de reviravoltas, o Bahia surpreendeu e aplicou 2 a 1 no Internacional, que, em oito jogos, só havia empatado um no estádio Centenário, em Caxias do Sul, sua morada provisória até o Beira-Rio se aprontar para a Copa de 2014.

Nada se deu, no entanto, sem muita pressão, chances perdidas e nervos aflorados. Segurar o ímpeto colorado no Rio Grande do Sul é desafio para poucos, mas valeu mais três pontos ao baianos, que, com os gols de Ryder e Fernandão (Forlán descontou) se afastam da zona de rebaixamento após a terceira rodada do Brasileirão – ficam em décimo, com quatro pontos e, na quarta-feira, recebe o Botafogo.

Já o Inter perdeu mais do que o jogo e a invencibilidade. Deixou escapar a chance de permanecer no G-4. É o nono, com quatro pontos e, também na quarta, pode se recuperar fora de casa, diante da Portuguesa.

Inter nervoso, Bahia competente

O Bahia repetiu o time do empate sem gols contra o Coritiba, mas não poderia reprisar a atuação. Com apenas um ponto e um gol em duas partidas, era hora de reagir. Mesmo que fosse bem longe de casa, no canto oposto do mapa, num frio pouco comum aos nordestinos: gélidos 12ºC. Ficou menos difícil a tarefa ao deparar com um Inter, embora em boa fase, surpreendentemente nervoso, cometendo faltas desnecessárias e errando passes em escala industrial. Com nove minutos, Gabriel já era amarelado. Logo depois, Ryder se aproveita da inércia vermelha e arrisca de fora da área. Golaço: 1 a 0.

Os quase 6 mil valentes colorados que enfrentaram a baixa temperatura no duro cimento do Centenário usaram o gol contra como combustível. O apoio, no entanto, pouco surtiu efeito em campo. Embora a pressão, a grande chance não surgiu. Rafael Moura chutou com relativo perigo, aos 25. E Forlán, em mais um de suas tantas tentativas de marcar um gol olímpico, chegou a enganar parte dos fãs que viram a bola roçar a rede, mas por fora. Perigoso mesmo foi o Bahia, que só não aumentou nos contragolpes por pura imperícia de seus avantes, vacilantes no momento do último passe.

Gols, pressão e surpresa na Serra

O roteiro do segundo tempo começou fiel à etapa inicial. O Centenário era testemunha de um Inter robusto, forte no ataque, mas sem finalizações. Já o Bahia… Aos 10, Jussandro cruzou para Fernandão, que cabeceou para milagre de Muriel. Que não conseguiu repetir a façanha cinco minutos depois. Em sobra de escanteio, Fernandão fuzilou e decretou o antes impensável 2 a 0. Assim como ocorrera no primeiro tempo, a torcida colorada não esmoreceu. Menos mal que, desta vez, o time correspondeu.

Aos 19, a zaga do Bahia parou e permitiu o ingresso livre de Forlán, que descontou, numa justa recompensa ao, de longe, jogador mais esforçado do time gaúcho – era sua “despedida”, antes de ir ao Uruguai para a Copa das Confederações. O gol esquentou a noite fria na Serra e acirrou ainda mais o ânimo de uma partida tensa, repleta de reclamações de muito trabalho para o árbitro paranaense Edivaldo Elias da Silva. A pressão virou massacre, quase 70% de posse de bola aos mandantes. Mas o que conta não é posse, é gol. E, nesse quesito, o antes ineficiente Bahia inverteu a lógica das rodadas iniciais e foi superior. O Brasileirão mal começou, mas já tratou de pregar suas peças.”

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