No dia 1º de janeiro de 2002, o Esporte Clube Bahia comemora seu 71º aniversário. O clube foi fundado no primeiro dia do ano de 1931 e de lá para cá, a maioria absoluta da torcida baiana só tem do que se orgulhar. Na história tricolor, um misto de muita felicidade, devoção, garra, conquistas e sofrimento.
Durante esses anos, a tradição e o respeito no cenário nacional foi sendo conquistada com muito suor e vibração, e deu ao Bahia uma torcida apaixonada, fiel e fanática, sendo a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil. Muitos ídolos apareceram, desde Gia, passando por Marito, Roberto Rebouças, Sanfillipo, Douglas, Jesum, Bobô até Uéslei e Emerson.
Logo em seu primeiro ano, o Tricolor do mascote Homem de Aço, venceu o estadual e foi apelidado de “Esquadrão de Aço” e “Nascido Para Vencer”. Década sobre década seguinte, o Bahia foi sempre campeão. Houve inúmeras partidas inesquecíveis como o 5×0 no Santa Cruz em 1981 e o empate heróico na final do Baianão de 1994 – 1 a 1 – diante do arqui-rival, Vitória.
Para se ter uma pequena noção da supremacia do Tricolor contra seu rival, dos quase 400 BA-Vis disputados, o Bahia tem uma vantagem de mais de 50 jogos e 120 gols de saldo. Até de 10 a 1 o Esquadrão já venceu. Incrível, como o heptacampeonato baiano. De 73 a 79, só deu Bahia, aliás, o único título baiano não tricolor da década de 70 foi em 1972.
A primeira grande glória foi em 1959. Bahia, primeiro Campeão Brasileiro de todos os tempos – como escreveu O Globo. Um título único, inédito, de importância sem igual. Uma odisséia fantástica de um time desacreditado no começo da jornada, vitorioso inconteste no templo do futebol, o Maracanã, contra o Santos de Pelé, maior time do mundo de todos os tempos. Por consequêcia foi o primeiro a disputar a Taça Libertadores, competição na qual voltaria em outras 4 oportunidades.
A outra conquista grandiosa foi em 1988, quando pela segunda vez, Campeão Brasileiro. Sob o comando de Evaristo de Macedo, o Bahia empatou com o “favorito” Internacional em pleno Beira-Rio, e sagrou-se Bi-Brasileiro, no campeonato cujas finais foram no começo de 89. Foi também ano do recorde de público da Fonte Nova, a casa do Bahia, com 110.438 pagantes na semifinal que o Tricolor venceu o Fluminense por 2 a 1. Depois da conquista, Carnaval na cidade. “Não era feriado nem dia santo, mas, naquele 22 de fevereiro, Salvador parou. Todo mundo sabe quando a festa começou, mas ninguém lembra quando ela acabou”.
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