Arturzinho fala sobre o amistoso diante do Sergipe

De Caroline Salgado, no site Futebolbaiano.net:

“Na entrevista coletiva na Fonte Nova após o amistoso contra o Sergipe, o técnico Arturzinho afirmou ter gostado de pouca coisa e que, mesmo apostando nas novas contratações, só o tempo dirá quem serão os titulares. Comentou também a saída do lateral-direito Carlos Alberto e disse que o Bahia tem como obrigação subir para a Série B do Campeonato Brasileiro.

O que você achou da expulsão de Rafael Bastos e como pensou em armar o time para o segundo tempo?
Não vi o lance com muita nitidez, não sei se a culpa foi de Rafael Bastos ou se o juiz exagerou ao colocá-lo para fora. Nós tínhamos a possibilidade de corrigir o que estava de errado na 1ª etapa, e colocar uma equipe mais adequada para o segundo tempo. Com a perda do Rafael Bastos aos 27 minutos, ficamos sem a possibilidade de estruturar a equipe de uma outra forma que não fosse posicioná-los para não levarmos gol e puxar o contra ataque, o que não era nossa intenção inicial, já que estávamos priorizando jogar em cima do adversário.

Apesar do pouco tempo de trabalho, como você viu o desempenho da equipe em campo?
Temos que reconhecer que só fizemos 2 coletivos e que o amistoso não estava previsto, já que a intenção era começar os jogos amistosos a partir da próxima semana. Nós vínhamos puxando muito nos treinamentos físicos e tivemos que vir para jogar diante do Sergipe, já que tínhamos que apresentar os atletas, assim, acabou os jogadores sobrecarregados e com a parte técnica e a parte tática não apurada, o que fez o rendimento não ser bom.

E sobre a base do time que jogou no Campeonato Baiano, o tempo que você teve com os jogadores novos e quanto tempo a equipe ainda precisa para chegar ao seu melhor com os novos contratados para a temporada que está chegando?
Esses amistosos nos darão um conjunto necessário e vamos esperar que nos dê a produtividade que estamos aguardando. Vocês que acompanham o dia-a-dia sabem que por falta de treinamento não é. Eles são exaustivamente cobrados para que desenvolvam o melhor futebol possível. E temos tentado isso. Se às vezes a qualidade do futebol ainda não é aquilo que nós esperamos, é porque estamos refazendo o grupo e tivemos que colocar alguns jogadores praticamente sem a mínima condição de jogo.

O que mais te agradou no amistoso com o Sergipe?
Pouca coisa. Até porque antes da expulsão a equipe já não estava jogando bem, não estava sob o controle do jogo, e depois da expulsão, as coisas se complicaram definitivamente. Eu sempre digo para eles (jogadores), que a coisa que mais me irrita no futebol é quando o treinador tem que fazer milagre tendo um jogador a menos e tem que solucionar o problema através da estratégia tática. Isso não existe. Senão seria muito fácil. Todos os treinadores pediriam para perder um jogador porque ele é estrategista e solucionavam o problema. Eu não gosto desse tipo de situação e espero que não ocorra mais, até porque é muito difícil para o treinador quando ele está com um a menos, principalmente trabalhando no Bahia, que a cobrança de vitória é constante.

Dentre os novatos que estrearam, algum lhe agradou especificamente?
A gente está fazendo uma análise inicial, não podemos ressaltar ninguém nem reprovar ninguém. O tempo dirá quem é quem e se as contratações que nós fizemos darão certo. Se você me perguntar se são jogadores de qualidade, se são bons jogadores, eu digo que são, agora, como estão chegando, as oportunidades que eles terão é que virão a nos dizer a capacidade técnica e de produtividade dos atletas, até porque são atletas que eu digo que têm capacidade.

Mesmo com um a menos já chega a assustar o resultado, dá para o time ganhar a Série C?
Dá para se classificar. Dá não, é a obrigação do Bahia se classificar na Série C e ascender para a Série B. Um grupo como esse que nós estamos fazendo, mesmo com todas as dificuldades iniciais, tem que mostrar capacidade, porque a gente exige muito, o clube está disponibilizando as condições necessárias que se precisa para desenvolver um bom trabalho. Agora cabe aos atletas quando vestirem essa camisa serem acima de tudo competentes, jogadores de qualidade e de personalidade na hora do jogo. Uma coisa que me deixa satisfeito é a dedicação deles, mas não dependemos só da dedicação, dependemos também que dentro das partidas todos correspondam às expectativas que nós temos.

Que falta fez os jogadores que estão entregues ao departamento médico no amistoso de hoje?
Sempre falta alguém e lógico que ainda estamos no início do trabalho. E início de trabalho as coisas são um pouco complicadas, ainda mais quando perdemos o Rafael Bastos no primeiro tempo, mas, como temos ainda uns 4 amistosos antes de estrear, temos que melhorar muito para ficarmos no nível que o torcedor fique satisfeito e que a gente de fora também não fique preocupado ou intranqüilo em relação a produtividade da equipe. Não esquecendo também da qualidade que o torcedor sempre exige.

Agora na procura de mais um lateral direito, como fica a semana, já que se tem apenas um mês para a estréia da equipe do Bahia na Série C?
Uma das coisas que nos atrapalhou também foi esse problema de Carlos Alberto, nós treinamos a semana inteira, inclusive nos coletivos, com ele na lateral direita, e o Adílson e o Ávine na lateral esquerda. Na hora do jogo, tivemos que improvisar, e sabemos que a performance do Marcone e do Dudu não foi a mesma, até porque não são jogadores originários da posição. Agora vamos procurar um lateral direito urgente para que a gente tenha possibilidade de atacar pelos dois lados, coisa que não aconteceu no jogo de hoje.

Preparação para amistoso
Parte do elenco do Bahia fez seu treinamento na manhã desta segunda na Academia Corpos, realizando um trabalho regenerativo, e a outra parte dos atletas foi para a clínica Imed, para realizar uma avaliação física. Pela tarde, o treino será no Fazendão, já objetivando o amistoso de domingo, às 16:30hs, na cidade de Santo Antônio de Jesus, contra a seleção local, no estádio municipal da cidade”.