Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Contrariando inúmeras previsões pessimistas, a proposta do Grupo City é mais do que real e se tornou devidamente oficial nesta sexta-feira (23). Em reunião na Arena Fonte Nova, a Diretoria Executiva detalhou a oferta para os conselheiros do clube.
A proposta é maior do que os próprios vazamentos da imprensa internacional indicavam ao longo dos meses.
Ao todo, o Grupo City se compromete a investir um total de R$ 1 bilhão no futebol do Bahia, em troca de receber 90% do controle da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tricolor.
A associação civil Esporte Clube Bahia terá poder sobre 10% do futebol.
O aporte bilionário será dividido da seguinte forma:
- R$ 500 milhões para compra de jogadores;
- R$ 300 milhões para pagar dívidas; e
- R$ 200 milhões para investimentos em infraestrutura, capital de giro e divisões de base.
Os valores foram publicados pelo jornalista Rodrigo Capelo, da Rede Globo.
Entretanto, há de se ressaltar que não será da noite para o dia que todo esse valor será investido no Bahia.
O Grupo City tem um prazo de 15 anos para realizar todo o aporte prometido em contrato.
O próprio presidente Guilherme Bellintani já havia destacado essa possibilidade em entrevistas anteriores, quando afirmou que o projeto não de curto prazo, mas, sim, pensando a médio e longo prazos.
Entretanto, há uma expectativa de que a maior parte dos investimentos na aquisição de atletas ocorra nos primeiros cinco anos.
Haverá obrigação ainda de que a SAF mantenha a folha salarial da empresa, no que tange ao futebol, no que for maior entre:
- R$ 120 milhões por ano; ou
- R$ 60% da receita bruta da SAF, excluindo transferências de jogadores.
Dívidas serão liquidadas
Como já vem sendo feito, o Bahia, através da associação civil, vai continuar realizando a negociação dos seus débitos diretamente com seus credores. Está descartado um processo de recuperação judicial, como o Cruzeiro deu início.
Todas as dívidas serão quitadas pelo Grupo City.
Marcas serão mantidas pela associação
Não há obrigação de que o Tricolor passe a se chamar “Bahia City”, tampouco mude seu tom de azul para celeste ou troque de escudo.
O Bahia ainda assegurou poder total sobre hino, brasão, escudo, símbolo, apelido e suas cores.
Qualquer mudança acontecerá somente sob aval da associação. A SAF não terá controle algum.
Programas do clube serão mantidos
Outro fator de destaque é que o Bahia conseguiu que a SAF mantenha ativos alguns dos principais programas do clube, como a Camisa Popular, o plano de sócios “De Bermuda e Camiseta” e o projeto “Dignidade ao Ídolo”.
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