Fonte: Will Vieira/ecbahia.com
Contratado para compor com Hernane uma dupla de ataque que “assustaria” os adversário, o atacante Thiago Ribeiro não conseguiu render o esperado, falhou dentro de campo e tem sido prejuízo para os cofres do Bahia durante período de afastamento.
Em entrevista ao jornal Correio*, em sua edição deste sábado, o atacante falou abertamente sobre os motivos que ele acredita ter tido influência negativa em sua passagem pelo Esquadrão. Segundo o jogador, seu principal empecilho no Tricolor foram sintomas de uma depressão sofrida em 2014.
“Não tive problema nenhum (com alguém do clube). O fato de eu não ter conseguido render o que posso não teve relação com jogador, ninguém da comissão, nada, nada, nada. O grande empecilho foi justamente a questão física. Por causa da questão da depressão“, revelou, ao repórter Bruno Queiroz.
Afastado há mais de três meses do elenco principal, o atacante disse também estar se sentindo melhor fisicamente e pronto para mostrar seu verdadeiro valor com a camisa tricolor.
“Pode-se dizer que tem coisa de uns três meses, desde que fui afastado, que me sinto normal. Fisicamente falando. Com alegria para treinar, com vontade de jogar, feliz. Porque antes perdia a alegria, a felicidade de jogar, tudo devido a depressão. Isso é uma coisa que a gente houve falar muito de casos, né? Realmente fiquei muito abatido, muito triste, não tinha vontade de nada. Pode-se dizer que 100% do fato de não ter conseguido render foi devido a esses problemas na minha parte física e motivacional”, explicou
Thiago Ribeiro também falou sobre outros assuntos, explicou o período que passou por depressão, no Santos, e explicou como aconteceu seu afastamento do Bahia. Confira alguns trechos:
Sobre sua depressão:
Comecei a passar por isso em outubro de 2014. É que antes eu procurava não falar sobre isso, pois hoje superei, estou bem, motivado, com vontade. Antes evitava falar, não tocava nesse assunto, porque é uma coisa complicada, né? Muito delicada. Lá no Santos mesmo, só algumas pessoas sabiam disso. A psicóloga, algumas pessoas lá, jogadores… Só quem passa por isso sabe o quanto é complicado. Um jogador sem motivação, sem vontade, que do dia pra noite perde a alegria de fazer o que mais gosta. Isso influencia em tudo, né? Hoje estou recuperado. Treino à parte, como todos sabem, porém me sinto normal fisicamente, como sempre fui. Me sinto com resistência, me sinto alegre pra jogar.
Sobre seu afastamento:
Foi depois do jogo do Vila Nova (no dia 5 de julho, derrota por 1×0 na Fonte Nova). Parece que primeiro o pessoal do Bahia, o Nei Pandolfo (diretor de futebol), comunicou ao meu empresário pra falar. Depois ele me mandou mensagem, no dia seguinte. Até fui lá, a gente conversou. Aí falaram que não tinha dado certo, né? Que eles decidiram tomar essa decisão de afastar a mim e outros jogadores. Falei que entendia, respeitava, que iria cumprir a minha obrigação com o clube. No início falaram para vir em horários alternados da programação do elenco. Hoje treino no mesmo horário, mas não com o elenco. Treino com jogadores que estão em transição, às vezes trazem uns jogadores do sub-20 para fazer um treino de posse de bola, um joguinho, campo reduzido.
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