Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Após dois meses de clube, Roger Machado vai encontrar seu antecessor no comando do Bahia, Enderson Moreira, em confronto com o Ceará, neste sábado (08), válido pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.
Logo que chegou ao comando do Bahia, Roger fez afirmações de que estava assumindo um time já estruturado e que iria colocar seu estilo aos poucos. Em entrevista no Fazendão, o técnico tricolor falou sobre o que espera de um duelo com Enderson, no qual os dois lados possuem conhecimento um sobre o outro.
“O encontro do Enderson com o Bahia depois de sair do clube, dois meses atrás, hoje estamos com um bom momento. Na minha chegada frisei da oportunidade de trabalhar em cima do trabalho muito bem montado que o Enderson tinha me deixado. Claro que eu coloquei minhas ideias, minhas características no time. Hoje vivemos um bom momento, que queremos fazer a manutenção dele conquistando um triunfo fora de casa”, avaliou o treinador.
No entanto, o treinador afirma não ver vantagem para nenhum dos dois lados em termos de conhecimento sobre o adversário.
“Não sei se tem vantagem especificamente. Mas conhecer os atletas que estão do outro lado, conhecer como a cabeça do treinador funciona na organização do time, quais são as virtudes do sistema e onde pode levar vantagem em algum momento, isso te dá informações importantes que se pode utilizar. O Enderson conhece muito bem a característica de cada atleta que hoje temos no grupo. Os atletas conhecem a forma como o Enderson estruturou esse time. Esses conceitos ele está passando aos jogadores agora no seu novo trabalho. Se há vantagem, acaba equilibrando. Cada um tem um pouco de cada lado”, acrescentou.
Sequência fora de casa
Com uma grande sequência de triunfos dentro de casa, o Bahia vai sair para realizar dois jogos seguidos como visitante na Série A, sendo um neste sábado (08), contra o Ceará, e o segundo diante do Internacional, na quarta-feira (12). Roger avaliou o que espera desta série longe de Salvador.
“Além da distância, existe a questão climática, que interfere muito. Me recordo quando eu era jogador, fomos jogar contra um time do Nordeste em Porto Alegre, e no dia anterior eles tinham jogado em casa, às 16h da tarde, a 38°. Foram jogar com a gente na quarta-feira à noite, a 0°. Eles relatavam que não sentiam a ponta dos pés, que não conseguiam correr, que estavam com muito frio. Além da distância, tem essa diferença de clima. Não estamos no auge do inverno no Sul, mas tem essa questão. É um complicador. Essa semana que tivemos para treinos, dei mais um dia para recuperar, além dos dois dias de folga, tivemos um terceiro dia de recuperação. Tive três treinos, um a menos do que pretendia para privilegiar isso. Sabia que o jogo contra o Ceará será desgastante e depois teremos uma viagem para Porto Alegre. Vamos atravessar o país para enfrentar o Internacional no Sul do Brasil. É o que o calendário nos reserva. Nosso país tem dimensões continentais”.
Elogios de Muricy Ramalho
Ex-técnico e atual comentarista do canal SporTV, Muricy Ramalho fez uma série de elogios ao trabalho de Roger Machado à frente do Bahia, durante um programa de debate.
O treinador tricolor agradeceu pelos elogios e afirmou se espalhar no trabalho desempenhado por Muricy ao longo da carreira.
“É um prazer muito grande, uma honra grande. Muricy e um dos grandes do futebol brasileiro. Nesse momento em que vivemos, em que dizem que os jovens são modernos e que tentam fazer coisas que ninguém fez, é a prova que o futebol já está inventado. Muricy já trabalhou com essa formação, os treinadores da geração com quem hoje dividimos espaço, já trabalharam com diferentes modelos de futebol e esquema tático. Isso é a prova que quando rotulam os profissionais, como estudiosos ou bons de gestão, tudo já está dito. A gente talvez faça uma releitura, uma adaptação para questões que o futebol já traz há muito tempo”.
Como vai armar o time para jogo contra o Ceará
“Vai depender do tipo de jogo que o Ceará vai nos proporcionar. Acredito que dentro de casa o Ceará vai tentar sair par ao jogo, pressionar mais alto. Pode nos dar em algum momento a oportunidade da gente se encolher um pouco mais, contra-atacar. Em outros momentos, quando não tiver o controle do jogo, vai nos dar a bola, usar os espaços que deixarmos. A gente que saber jogar em organização também, não só em transição. Minha preferência é jogar em organização, apoiado. A característica do time que estamos montando é entender e saber utilizar cada estilo de jogo a depender do adversário, da dificuldade do jogo, do que podemos explorar do adversário que vamos enfrentar”.
Esquema com três volantes
“A prova que isso funciona é que, se a gente pegar a última Copa, os quatro semifinalistas tinham uma trinca forte no meio. E não abdicavam de atacar. Atacavam com velocidade, organização e transição rápida. Tinha jogadores com capacidade para fazer as duas coisas”.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.