O Bahia empatou sem gols com o São Paulo, neste domingo (30), em um jogo marcado por uma atuação de destaque do goleiro tricolor Marcos Felipe.
Em sua entrevista coletiva pós-jogo, o técnico Renato Paiva se mostrou satisfeito com o desempenho do Esquadrão ao longo dos 90 minutos disputados no Morumbi, valorizando o ponto ganho e a atuação do arqueiro.
“Nós fizemos um jogo muito competente, sabendo as diferenças. O Marcos (Felipe), de fato, foi a figura do jogo. Foi um jogo em que um goleiro meu mais fez defesas e mais fez defesas de qualidade. Mas ele está lá para isso. Também já perdi pontos contra grandes defesas de grandes goleiros adversários. O São Paulo só tinha um empate aqui. Eu não gosto de me valorizar com empates, mas, se olhar para o contexto que tínhamos e o jogo que fizemos, é verdade que o São Paulo teve mais bola. É verdade que atacou mais, mas também é verdade que nós nunca fomos uma equipe encolhida”.
Para ele, o Bahia soube sofrer em determinados momentos da partida para segurar o resultado de empate mesmo com a pressão são-paulina.
“Fomos uma equipe que até começou bem o jogo. E dividiu o jogo com o São Paulo. Depois, é normal que o São Paulo, em sua casa e com sua torcida, faça o que fez. Nós e todas as equipes que vêm aqui. Nós soubemos sofrer, soubemos defender quando tínhamos de defender. Depois, fomos perigosos na parte da frente. Mas continua a nos faltar o gol. Portanto, é um ponto que somamos, importante. Esse ponto vai ser muito importante no futuro”.
O que espera da próxima rodada
“Vejo o América-MG, como o Bahia, e olho para pontuação e vejo que os pontos e as atuações não batem. Acho que minha equipe é igual. Pelo que minha equipe tem jogado, se ligarmos a qualidade do jogo, o volume, os números, com exceção dos gols, deveríamos ter mais pontos do que o que temos. E o América-MG é igual, conquistou um ponto contra o Flamengo no Maracanã, que não é fácil. É um jogo muito difícil, mas nossa torcida extraordinária vai nos ajudar, vai lembrar o que fizemos contra o Corinthians, apesar de não ter ganho. Que valorizem o ponto que conquistamos aqui e o que fizemos de bom”.
Atuação de Vitor Hugo
“O Vitor é um jogador muito experiente, de muita qualidade, tem história importante no Brasil e Europa. Como chegou depois dos outros, ainda está aprendendo as questões da linha defensiva. O Gabriel e Kanu estão comigo desde o início, o Marcos e o David dominam totalmente o que queremos para a linha defensiva. A estratégia que usamos, em termos de organização dessa mesma linha, encurtamentos, profundidade, deslizar. E o Vitor foi o último a chegar e está com mais dificuldade de entender essa ideia. Jacaré e Raul treinam há algum tempo. Dar-lhes minutos e passam a brigar pelo seu lugar na equipe”.
Rafael Ratão e Jacaré
“Na Europa, está na pré-temporada. As equipes pararam um mês, férias. Aconteceu o mesmo com o Gilberto. E o Ratão, no Toulouse, tinha 15 dias de trabalho. Colocar Ratão no 11 inicial era suicídio e possibilidade de lesão, fora de hipótese, assim como Jacaré, que vinha de lesão. Uma interpretação, entre nós e o departamento médico, de uma minutagem que tinha que ser controlada. Minha estratégia foi lançá-los com o cansaço do adversário, durante o jogo. É um jogador que se nota alguma dificuldade física durante o jogo. É um jogador potente, rápido. Mas tem 15 dias de trabalho. Não são máquinas. Precisam agora fazer uma pré-temproada, como Gilberto está fazendo, ao mesmo tempo em que temos jogos e campeonato”.
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