Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Renato Paiva tem em seu currículo um trabalho de 18 anos ininterruptos nas divisões de base do Benfica, considerado como um dos melhores clubes formadores do mundo.
Em sua chegada ao Tricolor, o treinador tem um projeto de buscar resultados em campo, mas também começar a pensar no futuro. E isso passa pela formação de jogadores, seja dos que já estão no clube ou dos jovens que ainda chegarão.
Para ele, é fundamental um clube ter a capacidade de encontrar talentos e saber trabalha-los para que deem resultados no futuro.
“É importante contar com os jovens e ver esta capacidade de encontrar jovens talentos. O jovem talento tem que ser desenvolvido. O ‘jogador feito’ é mais caro”.
Paiva também ressalta que a mentalidade de desenvolver um atleta para que ele entregue o melhor que pode serve não só para os mais jovens, mas também jogadores já ‘maduros’ e que ainda não atingiram o nível esperado.
“Encontrar jovens talentos em preços acessíveis, esse é o nosso trabalho. Receber diamantes e poli-los para que cresçam, melhorem. Até o último dia da carreira, o jogador pode aprender, e deve. Não só os jovens. Acredito muito nisso”.
O treinador português vem demonstrando confiança em sua comissão técnica para auxiliar nesse desenvolvimento.
“Acredito igualmente na capacidade de quem trabalha comigo. Óbvio que, na nossa passagem, o treinar a formação te obriga a olhar muito para algo que, às vezes, se esquece no futebol, que é o detalhe. Ensinar o detalhe faz diferença. Quando o jogo está cada vez mais competitivo, equilibrado, o detalhe faz toda a diferença. Acreditamos muito, por olhar o detalhe, na nossa capacidade e viemos para isso também”.
Requer paciência
Encontrar talentos e trabalhar em seu desenvolvimento não acontece da noite para o dia. Renato Paiva alerta que é necessário paciência para atingir o objetivo.
“É um trabalho que exige paciência, porque jovens têm altos e baixos. Precisa ter um pouco de paciência com eles. Às vezes, as pessoas comparam jogadores com mais experientes. Temos que estar preparados para respaldar esse erro. Em cada jogador, há uma pessoa. Tratar os jogadores em função das pessoas que são. Em cada um, há um estágio de carreira. Um jogador de 38 não é como um de 17, 18 anos. Individualizar muito, mas saber como fazer crescer, porque cada um que cresce faz o grupo muito mais forte”.
Atletas da base do Bahia
O treinador confirma que usará jogadores que estão na base tricolor.
“É possível que sim. Estamos conversando. Mas é possível. Não tem sentido ter infraestrutura desta qualidade, ter um trabalho importante na base, se, depois, não aproveitarmos esses jogadores e estes ativos do clube”.
Histórico com atletas jovens em outros clubes
“Falo de uma realidade de que sou conhecedor. Não só no Benfica, mas no Independiente, onde as camadas de futebol de base são fantásticas em estrutura e qualidade. Nós subimos e vendemos uns 8 jogadores vindos da base no Independiente. Por isso também viemos. Amo prestar atenção e encontrar equilíbrio. É no equilíbrio que queremos, entre jovens e jogadores de meia-idade e jogadores mais experientes. Acreditamos que a mescla é fundamental para ter sucesso”.
Em sua chegada ao Bahia, o técnico já trabalha com oito jogadores com idade sub-20 na pré-temporada: Gabriel Souza, André, Douglas Borel, Ryan, Patrick Verhon, Felipe Redaelli, Wadson e Everton.
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