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Ex-supervisor, Jayme Brandão vê retorno do Bahia ao Fazendão como provável

Notícia
Entrevista
Publicada em 9 de agosto de 2023 às 12:15 por Victor de Freitas

fazendao2019

Em maio, Jayme Brandão se despediu do Bahia após 17 anos trabalhando no clube. Ao longo desse período, foram cinco temporadas atuando em cargos relacionados à logística do futebol tricolor. 

O profissional deixou o Bahia após trabalhar como supervisor geral de futebol nos últimos anos da gestão Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz, participando dos primeiros seis meses da SAF no clube. 

Nessa última terça (08), Jayme Brandão falou, ao programa BN na Bola, que vê como provável o retorno do Bahia ao CT do Fazendão no futuro em razão da logística dificultada pelas idas e vindas ao CT Evaristo de Macedo. 

“Eu acho que a tendência é que isso aconteça (voltar ao Fazendão). Falando como profissional de logística, que se preocupa e preza pela boa condição do atleta, física e mental, para desempenhar o seu melhor, eu acho que a distância para Cidade Tricolor causa um prejuízo para o Bahia em relação a performance física e mental do atleta”. 

“Todos os atletas percorrem 45 km para ir 45 km para voltar todos os dias. Sem entrar no mérito dos acidentes, a pista é insegura, mas não vou entrar nesse mérito. Quando o Bahia vai fazer uma viagem para São Paulo, o atleta tem que ir para Cidade Tricolor, às 7h da manhã, em Dias D’ávila, depois pega um ônibus, sai da Cidade Tricolor, vai pro Aeroporto, chega uma hora antes do voo, pega o voo. Às vezes o Bahia vai fazer um jogo em Porto Alegre, a viagem do atleta começa 7h da manhã e termina às 7h da noite quando ele entra no quarto do hotel Isso não acontece com as potências do Brasil porque em termos geográficos a diferença é brutal”, comentou. 

Para o ex-supervisor tricolor, o Bahia tem uma das três piores logísticas do futebol brasileiro desde que se mudou para o CT Evaristo de Macedo, afirmando que os jogadores fazem reclamações constantes. 

O Bahia tem sem sombra de dúvidas a segunda ou terceira pior logística. Os atletas reclamam muito. O Fortaleza é pior disparado, o Cuiabá, e o Bahia também. A distância do CT, não falo da qualidade do CT do Bahia porque é excelente, mas você tendo um terreno, dentro de Salvador, a 10 minutos do Aeroporto, já com estrutura”. 

Portanto, Jayme Brandão acredita que é provável que o Grupo City deixe de lado a venda do Fazendão para reformar o imóvel e o utilizar como CT principal. 

É a tendência que o Grupo City deva sim reformar o Fazendão. O formato eu não sei, mas talvez o futebol profissional ir pro Fazendão e o CT ficar pra base ou feminino. Não sei como vai ser, mas as pessoas que lá estão já perceberam o desgaste que esse trânsito para Cidade Tricolor causa no dia a dia do clube”. 

Além do Fazendão, a SAF também absorveu na troca de documentos um imóvel anexo ao CT, no bairro do Jardim das Margaridas. 

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