Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
A noite desta quinta-feira (21) foi marcada pela dolorida eliminação do Bahia na primeira fase da Copa Sul-americana, após empate sem gols com o Liverpool, no Uruguai.
Após a eliminação tricolor, o técnico Enderson Moreira concedeu a tradicional entrevista coletiva, avaliou o desempenho do time na partida e ao longo dos 12 jogos já disputados nesta temporada.
Para o treinador tricolor, o Bahia atuou melhor do que o Liverpool nos dois jogos da primeira fase, mas pecou em detalhes para marcar os gols. Ele cita a falta de entrosamento como maior motivo para o número de chances desperdiçadas e afirma que a equipe ainda não está pronta.
“A gente lamenta muito a eliminação, porque acho que fomos melhores nos dois jogos. Não sei se vocês observam o jogo como eu vi. Nem sempre quem joga melhor vence. Por isso que o futebol é apaixonante. Também temos que dar mérito ao adversário. Isso faz parte. A gente criou situações em casa, e também hoje. A gente teve oportunidade, mas infelizmente não conseguimos fazer o gol”, lamentou o treinador.
“Acho que o torcedor pode ficar chateado talvez tanto quanto a gente. Você entra no vestiário, todos sentidos. Nós empenhamos. Eu tenho reconhecimentos com eles. Eu falei para eles: “A gente sai de forma prematura em uma competição que é importante para o Bahia, mas nós fizemos o nosso melhor. Nos entregamos, nos dedicamos, fizemos aquilo que pode ser feito”. Lidamos com quatro competições ao mesmo tempo, que para a gente é quase impossível. É como se fosse trocar chip mesmo. Vai trocando e a gente vai acostumando. A gente está chateado, triste. Temos boas competições pela frente, temos uma equipe que não está pronta ainda. Temos muito pouco tempo. São ajustes finos que a gente precisa fazer. A ideia do Bahia jogando está boa, mas falta um detalhe que faz a diferença. Último passe, finalização, saber como o companheiro se comporta dentro de campo. Esse entrosamento, essa melhora só acontece com o tempo”.
Saída de Gilberto
“São características diferentes, o Iago não joga por dentro. Todo mundo fica perguntando: “Ah, porque tirou o Gilberto? ”É porque o treinador é burro mesmo. Está precisando ganhar o jogo e tira o atacante. É porque ele não raciocina. Em sete jogos ele fez oito gols, aí eu tiro ele porque preciso fazer gol, né? Se ele não responde isso, acham que aqui tem burro. Não somos burros. A gente pensa o jogo. Um dia ele vai sair porque está mal, mas a gente precisando do resultado?! O Guilherme passou na base, sabe jogar centralizado, flutua bem, e com a entrada dele a gente criou chances”.
Pouco tempo para trabalhar
“Eu fico feliz com o tipo de pergunta que é o reconhecimento do trabalho. O Bahia tinha quatro competições e tivemos 12 dias de pré-temporada. No Brasil a gente é obrigado sempre a vencer. Só quem está fora do nosso país, que quando enxerga essas coisas, que fica assustado. É treinando muito, se preparando, fazendo trocas de jogadores. As vezes perguntam porque jogamos com time B no Baianão. Isso é porque o time B não tinha condições. São seres humanos. Eles precisam de tempo para recuperar. A gente enfrentou uma equipe bem preparada, fez jogos amistosos. Já estamos com onze jogos e fomos melhores. Mas… a gente não conseguiu transformar isso em gols, que é o que importa”.
A próxima partida do Esquadrão vai ser disputada às 19h de domingo (24), contra o Fortaleza, no Castelão. Será o primeiro desafio contra um time da Série A neste ano.
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