Após encerrar a última temporada com vaga na Libertadores, o Bahia foi ao mercado em busca de contratações visando reforçar o elenco para a competição continental e para mais um ano com altas expectativas em termos competitivos.
Em 2024, o técnico Rogério Ceni apostou em um sistema de jogo com ênfase no meio-campo e destaca que a sua opção se deu para ter a condição de utilizar os melhores jogadores do elenco do Bahia juntos.
Em entrevista à jornalista Clara Albuquerque, da TNT Sports, o treinador tricolor destacou como vê o modelo tático tricolor quanto aos pontos fortes e também à maior deficiência da equipe do Bahia.
“No ano passado nós contratamos três jogadores importantes de meio-campo, que foram Caio Alexandre, Jean Lucas e Everton Ribeiro. Quando fizemos esse meio-campo, com a permanência do Cauly, eu entendi que eram os jogadores mais talentosos do time. Para jogar com um losango, como foi no ano passado, precisamos de muita entrega física. Everton Ribeiro não tem muita característica de jogo físico; Caio, um menino fantástico, mas não tem característica de jogo físico; Jean Lucas é o contrário, é extremamente físico; e Cauly não é físico”.
“Para ter o privilégio de jogar com jogadores com características técnicas como esses, é preciso pagar o preço em algum lugar. São jogadores sem jogo aéreo bom e por isso optamos por Everaldo e Thaciano por fora, para dar esse equilíbrio. Thaciano era o cara que equilibra o time. Mas quando trocava o time, era uma característica totalmente distinta.
Reforços dão maior possibilidade de trocas sem mudar tática do Bahia
Ao longo do último ano, um dos maiores problemas do Bahia foi justamente o fato de não ter substitutos à altura para todos os jogadores do elenco, principalmente no meio-campo, o que resultava sempre em trocas que alteravam drasticamente o estilo de jogo.
Em 2025, o treinador ganha peças de reposição que vão aumentar o poder do elenco para uma temporada longa sem a obrigação de alterar a forma de jogar a cada substituição realizada no decorrer das partidas.
“Para esse ano, temos uma troca melhor e com características parecidas. Ano passado quando trocava era pra dar mais velocidade ou abaixar as linhas. E estamos tentando trazer em outras posições para também ter peças de substituição na defesa e no ataque”.
Ele destacou também que conhece todos os atletas que chegaram para o grupo.
“Os jogadores que vêm todos eu os conheço. Erick tem muito boa infiltração, jogo aéreo muito bom e nós sofríamos muito; a bola aérea nos preocupa bastante e ainda conseguimos melhorar como gostaríamos nessa janela. Vamos sofrer no ar, mas em compensação vamos ter um jogo pelo chão agradável. Nestor e Michel eu os conheço do São Paulo”.
Contratar não é simples, alerta Rogério Ceni
Mesmo com o Bahia sendo um dos clubes de maior poder aquisitivo do país na atualidade, Rogério Ceni ressalta que ainda há um longo caminho a ser alcançado para ter condições de contratar jogadores com preço mais alto, a exemplo de outros clubes brasileiros.
“Se você tem 100 ou 200 milhões de dólares para gastar, consegue de uma hora para outra, mas não é o caso. Tem um processo, ao menos uma empresa que visa ser correta e pagar em dia, eu acho que uma empresa como quer ser o Grupo City, eu acho que é um processo mais demorado”, afirmou o treinador do Bahia.
Assista à entrevista completa:
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