Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Guilherme Bellintani é o presidente do Esporte Clube Bahia até o fim de 2023. Como presidente da associação, ele continua tendo atribuições. Entretanto, nenhuma delas diz a respeito de alguma situação ligada ao futebol.
Após a aprovação da proposta do Grupo City por parte dos sócios-torcedores, o controle de 90% das ações do futebol tricolor é do investidor.
Com isso, toda e qualquer decisão e comunicação são feitas a partir da liderança do grupo.
É o que explica Bellintani sobre o motivo que o fez ‘sumir’ das vistas da torcida após os resultados ruins da temporada, pois aparecer naquele momento seria uma responsabilidade da SAF e não mais da Diretoria Executiva da associação.
“Em cinco anos e quatro meses de presidência do clube, podem me acusar de muitas coisas, apontar para vários erros, mas nessa lista de erros que as pessoas acham que eu cometi, não está o desaparecimento. Virou um hábito meu de sempre aparecer para me posicionar em momentos ruins, tanto eu quanto o Vitor (Ferraz). Muitas vezes apontando correções e caminhos e outras vezes, mesmo quando não tinha o que dizer, aparecíamos no mínimo para mostrar que o clube tinha um presidente. Essa marca eu não carrego comigo de jeito nenhum”.
“Acontece que nós, mesmo ainda não tendo concluído o closing, já temos um contrato. Esse contrato já tem validade, já tem circunstâncias e atribuições. E além disso, já temos um mecanismo de gestão acordado entre as partes para a transição. Entre dezembro e o closing, apesar de não termos uma integração completa dos ativos do clube na SAF, já estamos em transição com regras estabelecidas. E dentro dessas regras, está que qualquer comunicação relativa ao futebol deve ser fruto de uma responsabilidade da qual o investidor também tenha liderança desse processo”, disse o presidente tricolor durante reunião do Conselho Deliberativo nesta semana.
Bellintani detalha que sempre que o clube comunicar ao torcedor alguma nova informação sobre contratação, demissão ou quaisquer tipos de novidades, terá partido de uma decisão direta do Grupo City.
“Ou seja, a liderança é em vários aspectos, inclusive na comunicação. E se tem uma coisa que eu sou é cumpridor de acordo. Preciso tomar as porradas e ter desgaste do que descumprir acordos. Eu acho que a grandeza está nisso. Se não houvesse grandeza e tivesse fraqueza, eu iria querer defender a minha pele e não o acordo estabelecido”.
“Então, se eu estabeleci um acordo que a partir da transição a comunicação não seria mais algo exclusivo da diretoria da associação, eu entendi que tenho que cumprir. Estou mais preocupado em cumprir acordos e pensar a médio e longo prazo, inclusive com todas as circunstâncias de curto prazo que nos afetam, do que necessariamente proteger a minha imagem. Esse é meu propósito a explicação que posso dar”, finalizou.
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