é goleada tricolor na internet
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Publicada em 13 de abril de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Voltando a falar de ypiranguização

Faz tempo que eu não falo do processo de ypiranguização do Bahia. A última vez tinha sido no final de 2005, após a eleição de Petrônio e a saída de Emerson para o Vitória-BA. Não é que o processo tenha cessado. Muito pelo contrário, ele seguiu em ritmo mais acelerado que o esperado e um fato chama bastante a atenção de como esse processo segue em marcha progressiva no Fazendão.

Em um passado não muito distante, os jogadores que se destacassem em pequenos clubes do interior do estado eram rapidamente contratados pelos grandes da capital. Com algumas exceções, o atleta que brilhasse atuando no interior era contratado por Bahia ou por Vitória.

Pensando em um passado mais distante, o exemplo de Bobô, que surgiu na Catuense antes de se destacar no Bahia, é o mais emblemático, mas nos anos mais recentes temos exemplos de jogadores vindos do interior para atuar no Tricolor. Uns com relativo sucesso, outros nem tanto. Puxando pela memória, rapidamente eu lembro de Janílson e Nixon, oriundos do Juazeiro, e de Marcos Chaves, Ney Mineiro e Dadico, que tiveram rápidas passagens por aqui após atuarem pelo Camaçari. No elenco atual, Ednei foi contratado após brilhar no Colo-Colo em 2006. Há outros atletas oriundos do interior no atual elenco tricolor, mas que não foram contratados propriamente por se destacarem em suas equipes de origem.

O caminho inverso também sempre aconteceu. Os clubes menores costumam contratar os refugos da dupla BA-Vi para reforçar suas equipes com rostos conhecidos. O goleiro Éderson passou pelo Itabuna. O Camaçari pegava aos montes. Lembro de Glauciano e do zagueiro Gustavo Castro. Atualmente, o time do pólo conta com Santana e Gilberto, ambos ex-tricolores.

Mas nos últimos anos esse fenômeno vem se invertendo. O Bahia, de clube grande do estado, passou a ser o revelador de jogadores; passou a fazer o papel de clube do interior, revelando para o grande da capital, no caso o Vitória-BA. No final de 2005, não conseguimos segurar no nosso elenco o maior ídolo da história recente do Bahia, o goleiro Emerson. Sem demonstrar interesse na renovação do arqueiro, a diretoria permitiu que Emerson partisse para o nosso maior rival.

Um ano depois a história se repetiu. Os dois jogadores que mais se destacaram na campanha do Tricolor em 2006 partiram rumo a Canabrava. Falo de Paulo César Spirito e de Guilherme, que hoje defendem as cores rubro-negras. O atacante foi preterido pelos dirigentes após ser diagnosticada uma hérnia de disco, que demandava uma cirurgia e um certo tempo de recuperação. Spirito passou os últimos meses de 2006 procurando ajuda, pois nem remédios o Bahia fornecia mais ao jogador.

A renovação do volante Guilherme parece também não ter entrado na pauta dos dirigentes tricolores. Como o Bahia não demonstrou interesse, a diretoria do Vitória-BA foi esperta e aproveitou a negociação de Leandro Domingues com o Cruzeiro para trazer Guilherme para Canabrava. Mais recentemente, Moré, principal destaque do Tricolor em 2007, foi sondado com possível reforço do rubro-negro. Dá para acreditar?

E o pior. O caminho inverso também vem ocorrendo. Jogadores reprovados no Vitória-BA têm sido contratados sem a menor cerimônia pela diretoria do Bahia. Paulo Musse, Jairo e Fábio Saci hoje estão no Tricolor após passagens desastrosas pelo rubro-negro. Ninguém entende o que se passa na cabeça dos dirigentes tricolores.

É a ypiranguização seguindo a passos largos dentro do Ex-quadrão. Até tirar o posto de time grande do Estado essa diretoria está conseguindo. Temos que lembrar que o Ypiranga também já foi grande aqui e não podemos esquecer como ele se encontra atualmente.

***

– Enquanto ouvimos falar dos supostos dois pênaltis não marcados a favor do Camaçari, ninguém sequer menciona o fato de o primeiro gol da equipe do Pólo ter surgido de um lance irregular. Ney Mineiro estava impedido ao chutar para o rebote de Paulo Musse. A arbitragem não foi tendenciosa. Eles são bem fracos, mesmo.

– A maratona de jogos que o Bahia fará, combinando Copa do Brasil com as finais do Baianinho, é absurda. Parece que faltou um mínimo de planejamento à FBF. Ou então eles não acreditaram nos seus filiados.

– Depois de ser motivo de chacota pelos quatros cantos do País nos últimos anos, o Bahia terá a grande chance de colocar seu nome positivamente nos noticiários nacionais ao enfrentar o Fluminense em crise. As chances de classificação são reais, e é isso que me preocupa…

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