Há tantos mistérios no vestiário e bastidores do futebol que estes muitas vezes não conseguem se fazer invisíveis dentro das 4 linhas. O torcedor nunca sabe ao certo o que realmente se passa atrás das cortinas. Quando o time está bem, ninguém sequer lembra que existe o backstage. Mas quando em campo há reflexo do que deveria estar sendo figuração, aí o pior está por vir.
Não vou bater em tecla repetida. Todos sabem o que penso sobre o Bahia fora dos gramados. É só ler o que já escrevi: o Bahia precisa de cuidados, de profissionais competentes, de renovação em várias áreas. E o que vi do Bahia contra a Lusa é a simples constatação de que, pra ser ruim, o time tem que melhorar muito.
Insisto. O elenco não é tão fraco pra ser incapaz de ganhar da Portuguesa, que começou o campeonato com o claro objetivo de tentar não ser rebaixada. Acho vergonhoso! A Lusa fez o que se propôs: um empate fora de casa. Esperava os contra-ataques e assustava. Um gol mal anulado e uma bola na trave. E os nossos jogadores atuando como se a bola pegasse fogo, se livrando dela de qualquer jeito. Triangulação? Linha de fundo?? O time pareceu um bando, como se nem treinassem juntos. Acharam uns jogadores na rua, perguntaram quem queria jogar e distribuíram as camisas.
Não existe comando em campo. Alguém com sobriedade que cobre postura, garra e posicionamento do grupo, que oriente. Sem demagogia ou sobreposição, mas como um capitão, de verdade. Ah, Caio Junior. #PessoaQueGostaDeMostrarQueSabeMasFazLambança Será que ele conhece as peças que tem nas mãos? Pra um técnico mudar de esquema no meio do jogo, só dominando as características de cada um do elenco e realizando TREINO, muito treino. Resposta certa? Nenhuma das anteriores. A única esperança que tenho é que voltem os desfalques e, com eles, a (pouca) qualidade que ainda penso existir.
Como um time tem a chance de participar de uma competição internacional e se prepara desse jeito? Ah, lembrei. Já fiz essa pergunta antes. Desculpem. É que a indignação é grande.
Uma simples reestruturação em sua grade gestora já daria uma nova cara ao Esquadrão. Aprendi com Rodrigo Caetano que mudanças sutis fazem uma grande diferença e que uma correta hierarquização e redefinição das funções podem salvar um clube. Rodrigo é daqueles que blinda o vestiário até mesmo da sua própria diretoria. Não é por que você é diretor de marketing que vai ter acesso ao vestiário. Foco pressupõe delimitação. Cada um no seu quadrado para uma melhor resposta ao trabalho.
Algo deve ser feito. Do jeito que está, não dá mais! Às vezes um grito no pé do ouvido pode resolver. E se o negócio não melhorar, bota pra correr. Jogadores, técnico, preparador físico, médico, diretor de futebol, presidente.
O Bahia é maior que todo o resto!
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