é goleada tricolor na internet
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Publicada em 27 de outubro de 2006 às 23:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Vergonha na cara!

A vaca tá indo pro brejo, infelizmente. Não creio mais na classificação tricolor, embora torça para estar errado. Errar é o que eu procuro não fazer, mas desta vez quero errar sim, contrariar os meus sentimentos que insistem sutilmente em me dizer que amargarei mais um ano no porão do futebol brasileiro. Será que aguentarei tanta humilhação? Não, não é possível ficar no bagaço do futebol mais um ano, é demasiadamente cruel, é muito para a minha compreensão, por isso mesmo torna-se imperativo que os meus sentimentos estejam errados.

Cheguei à conclusão de que esse time que o Bahia possui nada tem a ver com a tradição tricolor que é de raça, fibra e vergonha na cara. O time atual não possui identidade alguma com o Bahia que eu aprendi a amar, aquele Bahia acabou, foi-se com a bruma do tempo, tornou-se irrecuperável assim como a juventude daqueles que ainda insistem em conduzi-lo sem um mínimo de identidade com a realidade dos novos tempos.

Aquele time que vi jogar no Parque Antártica com o novato Barueri não é o meu Bahia, aquilo é um arremedo de time. Caricatura, um adjetivo usado pelos comentaristas esportivos para definir times apáticos dentro de campo, seria muito bondoso para definir um bando de frouxos travestidos de jogador de futebol. Hoje, ainda que cumpram o dever de casa ganhando do Ipatinga, não conseguirão apagar o fiasco de São Paulo. Foi horroroso e abaixo da crítica. Aquilo definiu a qualidade do time.

Quatro jogos, quatro pontos, dá para animar alguém sensato? Neste momento preciso ser otimista, até por necessidade, mas antes de qualquer outra coisa sou sensato. O otimismo é inerente à possibilidade, e a sensatez à razão. É claro que há a possibilidade de uma classificação, ainda temos pela frente dez jogos, matematicamente é possível, serei então razoavelmente otimista pelo simples motivo da necessidade imperativa de estar otimista, afinal eu amo o Bahia!

Eu não posso aceitar o fato rotineiro de o Bahia não ganhar jogos fora de casa normalmente. Enfrentar o Treze da Paraíba, o Criciúma, o Barueri, o Brasil de Pelotas e outro idênticos tecnicamente, e perder de forma bisonha como o fez em pleno Parque Antártica, lamentavelmente, embora não aceite, tenho que admitir a triste realidade da incapacidade técnica desse grupo de derrotados por antecedência. Tá faltando vergonha na cara desse pessoal, isto é o mínimo de sentimento que a honra reclama, vergonha.

Não seria demais e sim oportuno lembrar a esses incompetentes “galos de terreiro,” a trajetória de jogadores como Nadinho, Flávio, Henricão, Biriba, Marito, Alencar, Lessa, Mário Araújo, Beijoca, Jesum, Roberto Rebouças, Eliseu, Baiaco, Douglas, Fito, Buticce, Bobô, Charles, Zé Carlos, Paes, Picasso, Zé Eduardo, Sapatão, Romero, Osni e tantos outros que vestiram e honraram dignamente a camisa tricolor encarnando raça, amor e fibra, não raro superando deficiências técnicas em algumas partidas com amor, responsabilidade e vergonha na cara.

É muito triste e desmotivador saber que quando o Bahia vai jogar na casa do adversário chega igual a peru de Natal, morto desde a véspera, tornando-se uma “presa” inofensiva para o adversário. Não importa onde seja o jogo, até em estádios neutros como o Parque Antártica, que continha, diga-se, mais torcedores do Bahia que do próprio “mandante” residente a cerca de 30 km, em outro município.

A síndrome existe… não sei se do medo, da incompetência, de inferioridade ou da falta de amor próprio, o fato é que a síndrome é real no elenco do Bahia, é fato consumado e eles, jogadores, que tratem de demonstrar o contrário. Não acredito que consigam, pois contra fatos não há argumentos.

Eu peço desculpas aos que me concedem o privilégio de ler esta coluna, devido a minha “euforia” quando disse que o Bahia possuía um dos melhores elencos, senão o melhor, da Série C. Talvez no papel seja assim, porque na prática tá muito distante do que pensei. Prometo que de agora em diante usarei toda a minha sensatez que a paixão tricolorida mascara, vou proceder usando a máxima de São Tomé, ver para crer.

Eu sinto fortes arrepios na espinha dorsal (ela arrepia? esse time aí é capaz de qualquer proeza que não seja jogar futebol) quando imagino o Bahia em mais um ano de Série C. Não sei o que poderá acontecer, não sei o que será, não sei quem resistirá, não sei o que restará. Só sei que é inimaginável qualquer acontecimento, não conheço futurista algum capaz de antever o futuro tricolor se tal fato acontecer. O caminho está desenhado indepentemente do jogo contra o Ipatinga. Exceto se houver uma sequência de vitórias dentro e fora de casa por no mínimo quatro jogos. Mas como estou conjecturando sobre as síndromes… pessoal! Não é o Ipitanga, é o Ipatinga!! Afastem o medo, qualquer semelhança é mera frouxidão.

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Atenção diretoria do Bahia, é melhor voltar às missas na igreja de são Judas Tadeu, ali em Baixa de Quintas, lembram?!! Pode ser que o santo esteja zangado com vocês.

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Como falha essa defesa do Bahia! Também com um ataque que não segura a bola lá na sala, não há cozinha que resista.

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Uma sugestão: tragam Baiaco (vive em São Francisco do Conde) novamente, não para jogar, mas para ensinar aos volantes do Bahia o amor à camisa tricolor. Ah sim, além de como se joga na posição e no Bahia.

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Quanta falta faz o Paulo César Spirito… é o único que encarna pra valer o espírito tricolor. Aliás, uma “raposa felpuda” me contou que em novembro Paulo César faz as malas de volta à terra dele e ao clube de origem, seria verdade? Problemão… né?

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“Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional”

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Eugênio Silveira, meu amigo dos tempos saudosos, residindo em Natal-RN, um grande abraço para você e sua família. Muito sucesso e paz!

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