é goleada tricolor na internet
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Publicada em 9 de julho de 2009 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Uma aposta forçada

Finalmente um técnico! Não o que a torcida esperava e nem o que a diretoria queria. A favor de Paulo Comelli apenas o fato de o Bahia ter um estádio para jogar e ele poder enfim mostrar diante da torcida o que conhece sobre futebol. Coisa que ano passado não foi possível. Particularmente não gosto do técnico, mas gosto do comportamento do profissional. É um trabalhador sério e dedicado. Mas o Gallo também o é, e deu no que deu.

Entretanto, é uma obrigação apoiá-lo, pois trata-se do Bahia numa situação desconfortável na Segunda Divisão e nenhum técnico dos chamados de ponta disposto a trabalhar por aqui. A Segundona é como lepra ainda curável e, apesar de curável, ninguém quer correr o risco de se contagiar. Dói falar assim, mas é a verdade.

Francamente, eu teria dado uma oportunidade ao João Marcelo, pois entendo que talvez funcionasse melhor pelo comprometimento dele que é cria da base tricolor, é torcedor, e é um baiano. Não é uma questão de ser bairrista, mas o momento é do tudo ou nada, e eu acho o Comelli parecido filosoficamente com o Gallo. Ocorre que Comelli já é o técnico do Bahia, e sendo assim…

Criticar a diretoria por não trazer um técnico renomado eu não faria e nem o farei, pelo simples fato das dificuldades estampadas. O Bahia se predispôs até em colocar o chapéu acima do ponto onde a mão alcança para trazer algum técnico de renome, mas os tais técnicos de renome não querem vir. Talvez o Paulo César Gusmão quisesse. Todavia, nunca vi em Paulo César Gusmão o técnico que dizem que ele é. Nesse caso é melhor ter Comelli e, assim como eu, deve ter pensado a diretoria tricolor.

Por que Comelli? Porque ele já conhece o Bahia e o Bahia o conhece. Porque entre “os meia boca” (palavreado do Bexiga, em São Paulo) ele é o melhor. Sabe trabalhar em cima de planejamentos. Tomara que Comelli não dê as mancadas que acabou por fulminá-lo no Bahia da vez anterior. Como a vida é um aprendizado constante…

No Campeonato Baiano ele foi bem, na Copa do Brasil foi razoável, e na Série B fracassou. Agora ele, Comelli, sabe que é uma aposta forçada do Bahia. Isto pode ser bom porque mexe com seus brios. A torcida o está recebendo de forma natural, digamos assim, e se não morre de amor por ele, também não o odeia e é forçada a apostar nele, naturalmente.

Tudo que está acontecendo com o Bahia é de uma certa forma boa para uma conscientização maior e melhor. Agora fica definitivamente claro para o torcedor que qualquer divisão do futebol brasileiro que não seja a Primeira Divisão é, no mínimo, a porta do inferno, e no caso do Bahia essa porta é a Segunda Divisão. E quem gostaria de ser porteiro do inferno?

Fica aí a lição de um duro aprendizado para os dirigentes. O dinheiro da TV/Clube dos Treze é apenas 10% do que seria se na Primeira Divisão se estivesse neste ano. Os técnicos da Primeira Divisão não querem vir, os bons jogadores idem, os juízes são todos dignos de divisões inferiores, os gramados seja o que Deus quiser, e a mídia nacional não dá a menor atenção mesmo que esse time seja o Bahia das multidões e um Bicampeão Brasileiro.

Vou repetir novamente: não achem que o Bahia voltará a ser o Esquadrão de Aço ainda neste ano e nem no ano seguinte… O Bahia estará o que sonhamos dentro de uns três anos. Sei que é duríssimo dizer isto, mas é uma realidade que não poderá ser modificada, exceto se aparecer alguém transbordando em dinheiro e resolva dar uma chance ao Bahia. Pensar diferente disso é o mesmo que não querer encarar a realidade dos fatos.

O Bahia é um time normal, igual a qualquer outro da Segundona. Os bons resultados terão que ser construídos em casa. Fora dela é brigar por um pontinho e, quiçá, dar sorte para em um ou outro jogo fazer três pontinhos. Então estamos conversados. A partir de 2010, se o Tricolor subir, é que começará verdadeiramente a sua caminhada rumo aos pódios com os quais foi acostumado ao longo da sua história. Mas que fique bem claro: se subir!

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Essa questão do escudo realmente mexe com a torcida. Eu sou contra, pois há coisas que se tornam sagradas e imutáveis, e o escudo tricolor é uma delas. Como alguém de dentro me falou que não haveria mudanças de escudo, então fico no aguardo. Isto seria algo para ser levado ao Conselho do clube, não é uma simples decisão de um departamento que vai mudar o maior símbolo do E.C.Bahia.

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Estou sabendo sobre o que estão falando de Léo Medeiros. Cuidado! Nada que não se possa provar deve ser dito a respeito de alguém. Há uma parte da imprensa que só pensa em destruir o Bahia, que é mais conhecida pelas inverdades que fala. E mesmo que esteja desta vez falando a verdade, ainda assim o torcedor deve ter cuidado para não embarcar em canoa furada.

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