O nosso tricolor dessa vez não decepcionou a massa de torcedores que compareceu à Arena Fonte Nova na tarde do último domingo para empurrar o time contra o Vasco da Gama. Vamos ser sinceros: os quase 48.200 torcedores engoliram a decepção de jogos anteriores e fizeram uma grande festa. Afinal, não é todo dia que enfrentamos e ganhamos de um clube organizado, campeão nacional e continental, que vem se situando na faixa de classificação para a série A, o chamado G-4, em que pese ter perdido um pouco o ímpeto com que iniciou o campeonato.
Mas, nem tudo foram flores. O cruzmaltino carioca abriu o placar numa (mais uma!) rateada do goleiro Danilo Fernandes, em que a bola resvalou em Ricardo Goulart e foi parar nas redes tricolores, se transformando no primeiro gol contra da carreira do veterano jogador. Nesse momento passou um filme na cabeça de cada torcedor. Será que, após longo período sem jogar, em que foi possível à comissão técnica treinar o time como entendesse melhor, mexer em posicionamentos de jogadores, ensaiar jogadas e melhorar o entrosamento, o Bahia não conseguiria apresentar nada de novo? Será que chegaríamos ao final do campeonato sem que Enderson Moreira justificasse sua contratação? Será que o Bahia não conseguiria melhorar seu desempenho?
Esperava-se, após o frustrante empate com o Londrina num jogo de baixíssimo nível técnico, que o tempo disponível para treinamento e a chegada de alguns reforços fosse suficiente para que o tricolor se apresentasse, no mínimo, com uma postura diferente. E essa expectativa não foi em vão. O Bahia se apresentava melhor do que nas partidas anteriores e melhor do que o adversário. Para termos uma ideia, o clube carioca abriu o placar, mas mantinha zerado o score de finalizações. Isso mesmo, como o gol do Vasco foi um gol contra, abriram o placar sem chutar ou cabecear a gol, por mais incrível que isso possa aparecer.
E o castigo para os vascaínos não demorou. Cobramos na mesma moeda. Um gol contra de Quintero serviu para empatarmos o jogo aos 39 minutos do primeiro tempo. Mas, não arrefecemos nossa vontade e continuamos em cima. Tanto é que, pouco mais de cinco minutos depois, fizemos o gol da virada numa cabeçada espetacular de Ricardo Goulart, elevado a herói do jogo. Nosso filme mudava drasticamente o enredo, mas mantinha a dose de sofrimento para quem estava no estádio e para quem acompanhava pelo rádio ou pela televisão. Uma tarde épica em Salvador.
Graças ao nosso triunfo e ao tropeço do Grêmio diante do Ituano, não só mantivemos a segunda posição, como abrimos três pontos do tricolor gaúcho, terceiro colocado. A distância em relação ao quinto colocado voltou a ser de nove pontos. Quem ocupa a quinta posição? Ora, exatamente o Londrina a quem demos a graça do empate, faltando segundos para o encerramento do jogo. Aqueles dois pontos cedidos continuam engasgados na garganta do torcedor, embora tenhamos o conforto de precisar de quatro rodadas, com tudo dando errado, para perdermos a vaga no G-4 (toc, toc, toc, bate na madeira três vezes).
Faltando 12 rodadas para o final do campeonato, temos nosso acesso bem endereçado. Precisamos não dar vacilos e aproveitar as oportunidades que tem surgido. Não podemos perder a concentração e entregar pontos bobos. BBMP!!
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