é goleada tricolor na internet
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Publicada em 27 de agosto de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Um talento à beira do abismo

Jobson, Winehouse do futebol? Não digo pelas drogas – que imagino fazer parte do seu passado –, mas por estar jogando o seu inegável talento pelo esgoto adentro, além de um futuro brilhante como cidadão exemplarmente bem sucedido – literalmente. Jobson é o modelo profissional completamente errado e equivocado, exemplo a não ser seguido, sob hipótese alguma.

O amparo cuidadoso do presidente do Botafogo, a confiança do “papai” Joel Santana, o carinho especial do “tiozão” René Simões que o cercava de todos os cuidados, a blindagem que seus companheiros de clube fizeram em torno do travesso “irmãozinho”, nada disso mexeu com a sua forma de proceder, nada disso o impediu de continuar uma trajetória errante aqui na Bahia…

O Bahia foi um cavalo selado que passou à sua frente e ele deixou-o seguir. Não quis a montaria, preferiu deixar-se levar nos braços dos parasitas que subsistem no lodo da fama. Típico do famoso idolatrado que vive acompanhado por pessoas incapazes de enxergar o ridículo, cria dentro de si uma ilusão, espécie de redoma imaginária, que impede todos os seus sentidos de direção.

Passará outro cavalo, selado, à sua frente? Não sei se o destino lhe concederá mais uma oportunidade. Talvez o mensageiro do desatino já tenha encontrado o endereço do CAS, na Suíça, com um conteúdo tão distorcido daquele que o próprio Jobson entregou em mãos dos juízes, que, se alguma desconfiança existia sobre o seu comportamento, se transformou agora em certeza – temo.

Cansado das suas atitudes imberbes, o Botafogo fechou-lhe as portas… O Bahia apostou nele abrindo-lhe uma nova porta. O presidente Marcelo Filho resolveu comprar a briga investindo alto, mostrando para o atleta que o Bahia era a segunda e, talvez, a derradeira oportunidade na sua vida…

Quando o presidente tricolor disse-me – em off – que acabara de contratar Jobson, eu lhe disse que junto com Jobson, também, viria um caminhão carregado de problemas. O presidente respondeu-me “se eu contratar somente freiras, o Bahia se transformará em convento”. Achei engraçada a espirituosidade dele e concordei, por quê não? Afinal, Jobson é um desses raros talentos que aparecem no futebol.

Foi uma tentativa válida para o objetivo tricolor, se não deu certo são outros quinhentos. Mas ousar, apostar, investir, acreditar no talento, e confiar que podemos mudar os homens e revesti-los de boa vontade para consigo mesmo, é próprio do espírito empreendedor e corajoso, que erra uma e acerta duas.

CONSTRUINDO O BAHIA DO FUTURO

Quem não teve a oportunidade de presenciar o simpósio que aconteceu nos dias 25/26 deste mês, perdeu a chance de ver como o Bahia está sendo pensado. A inovação no clube de ter um gestor – Wilson Manoel – só para a marca do Bahia merece aplauso. Assistir Jorge Avancini – diretor executivo de marketing do Internacional –, Amir Somoggi, Eric Beting, Andrés Sanchez e outros pilares do segmento, é algo que acrescenta e enriquece o intelecto.

MARCOS

Às vezes complicamos o trabalho por egoísmo, ou por necessidade de nos firmar no conceito das pessoas, desesperadamente. Contra o Santos, Marcos jogou bem, mas poderia estar hoje nos braços da torcida se, ao invés de tentar fazer o gol que perdeu, houvesse feito o mais simples, que seria passar a bola pra Junior, bem ao seu lado e livre… Teriam sido duas assistências decisivas…

Esse é defeito grande no Marcos… Nunca passa a bola quando acha que tem condições de fazer um gol. Se você tem chance de errar, por mais remota que seja essa chance, tendo ao seu lado um finalizador de ofício livre para marcar, que só depende do seu passe, por que não passar essa bola? Faça o mais simples, torne tudo simples dentro de campo, e a torcida mudará a forma de pensar a seu respeito.

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