Futebol e carnaval são as festas que mais representam o povo brasileiro e, especialmente, o povo baiano.
Para muitos baianos, não há vida fora do carnaval, para os outros não há vida fora do futebol. Há ainda os que precisam dos dois para respirar.
Dentre os torcedores mais festeiros, está o torcedor do Bahia, que adora gabar-se de apoiar o time onde quer que ele esteja.
No circuito de carnaval, atrás do chicletão, então, é uma festa só! Uma enxurrada de camisas e bandeiras tricolores de arrepiar qualquer um.
Sobre isso, preciso dizer: tenho assistido a muitas lutas de UFC e visto que até lá nos EUA, nas arenas de luta, tem gente apoiando o Tricolor com lindas bandeiras tricolores.
Nossa torcida apoia muito o nosso time!
Apoia no UFC, apoia na lavagem do Bomfim, apoia nas oferendas a Iemanjá, apoia nas escolas, nas faculdades, nas viagens mundo afora, mas principalmente, apoia demais no carnaval.
Nossos artistas e políticos amam e apoiam muito o Bahia no período de carnaval. Quem nunca se arrepiou cantando junto com o chicletão o hino do Bahia num domingo de carnaval, hein?
O apoio dos nossos políticos, então, é muito grande nesse período. Mas esse nobres seres costumam nos apoiar o ano todo, principalmente os políticos que são conselheiros do clube.
Aliás, eu nunca vi uma sociedade apoiar tanto um clube de futebol como a sociedade baiana apoia o Bahia nessa terra de todos os santos.
Mas, e sempre tem que haver um mas, né? Em se tratando de Bahia, tem que haver sempre um mas constituído de mais notícias más. E, nesse caso, esse mas refere-se ao apoio da torcida ao time nas verdadeiras questões cruciais ao clube.
Por que eu estou dizendo isso? Bem, porque eu acho que quem diz apoiar o Bahia e não é sócio do clube está sendo incoerente, sabe?
O cidadão diz que ama o clube, mas não é sócio! Pode!?
O homem pula de um avião com um paraquedas feito com uma bandeira do Bahia, mas não se associa!
O cidadão mostra o orgulho de ser Bahia na arena do UFC, mas não quer ser sócio.
O rapaz canta o hino no circuito de carnaval junto com o chicletão, mas não se torna sócio.
O sujeito viaja o mundo levando a bandeira do Bahia para exibir aos gringos, mas não vira sócio.
Finalmente, o fanático pelo Bahia vê o clube passar os vexames pelos quais passa e aparece na TV chorando envergonhado, ou revoltado da vida, mas não faz a única coisa que poderia fazer para mudar isso, que é associar-se ao clube.
Sem meias palavras, só tenho um nome para isso: incoerência.
Abraços e bom carnaval, torcida tricolor!
PS.: Não vamos nos esquecer de doar sangue para salvar vidas com um gesto tão simples.
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