Um Bahia uníssono

O planejamento está vencendo o imediatismo ao qual o Bahia estava obrigado pela pressa de dar certo e, em determinada época, que para alívio da nação já pertence ao passado, até duplo comando existia. Marcelo Filho chegou e com ele a idéia fixa de profissionalizar o clube e devolvê-lo à Primeira Divisão. Está perto de alcançar o objetivo, que não é só dele, mas de toda a Nação Tricolor.

Importante é ver um time em campo que não sofre solução de continuidade quando por algum motivo não pode contar com um ou dois, ou mais até, jogadores. Méritos para Paulo Angioni e para os demais diretores do Bahia que souberam contornar os problemas criados pelas inúmeras e crônicas dificuldades de mais de uma década. Mérito para Márcio Araújo que sabe organizar o time de acordo com as necessidades.

O Bahia ainda não está garantido na série “A”, nenhum time está. Pelo contrário, estão todos embolados acima dos 30 pontos e qualquer vacilo de quem está na parte de cima da tabela pode proporcionar a chegada de times como o Guaratinguetá, Sport, América de Minas e Duque de Caxias, só para citar estes. Ocorre que atualmente se vê um Bahia uníssono e objetivo em todos os seus setores, da diretoria ao time em campo, e isto tem feito a diferença.

Não é uma questão de ver as coisas só pelo lado da boa vontade. A questão é, também, ver as coisas pelo lado da razão, da coerência, dos fatos e dos números. Quem conseguir enxergar isto verá o Bahia que eu vejo neste momento, porque contra fatos e números não existem argumentos. Agora querer ser contra pelo simples fato de ser contra já é um defeito do caráter humano e, nesse caso, o melhor é ignorar a forma de agir dessas pessoas. Elas não mudam.

O Tricolor está blindado pelas suas próprias atuações dentro e fora de campo. O que a torcida quer neste momento é voltar para o seu lugar de origem. Até por ser fundador do Clube dos Treze ele precisa estar na Primeira Divisão para auferir seus direitos no ranking do futebol brasileiro e do próprio Clube dos Treze, ao qual pertence por mérito.

Só pra lembrar: Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG, São Paulo, Santos, Corinthians, Palmeiras, Bahia, Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo são os reais fundadores do Clube dos Treze. Os demais são convidados, entraram pela janela que se abriu para mais sete.

Tudo é uma questão de momento. O Bahia vai vivendo esse belo momento e entorpecendo o torcedor com atuações convincentes. A vitória de ontem contra a Ponte Preta não deixou nenhuma dúvida na cabeça do torcedor quanto ao restante do campeonato. Ganhar fora de casa já é quase rotina, e pelo visto até então a liderança continuará com o Bahia, posto que o Figueirense está numa decrescente e o Tricolor em ascensão.

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Fábio Bahia atravessa uma fase magnífica, Hélder se tornou na dor de cabeça que os treinadores gostam de ter, tá difícil sacar ele do time… Morais mostrou que com ele em campo o Bahia fica mais rápido e mais técnico. Ávine… Tá numa fase de merecer atenção até de Mano Menezes.

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Jael tem tudo para se tornar um dos melhores centroavantes do Brasil. Mas há momentos que ele tira a gente do sério por perder tantos gols na cara do goleiro! Falta calma, frieza, senso de decisão na hora da onça beber água. Parece que sofre um apagão quando fica “ele e o país”, como se diz na gíria.