O que é que há com esse Bahia que anda fazendo da Fonte Nova o seu pior adversário? Dizem que o raio não cai no mesmo lugar duas vezes. Mas na Fonte Nova caiu duas vezes seguidas. Síndrome do medo ou falta de algo rôxo, os papéis tornaram-se invertidos, por quê?… eis a pergunta. Quando foi que o Bragantino fez parte do staff do futebol brasileiro? E um tal de Barras do Piauí (com todo o meu respeito pelos piauienses), que surgiu de repente e já brincou de “boi da cara preta” com os medrosos “meninos” do Bahia? Há medo de jogar na Fonte Nova, “psicológico” uma ova!
Só falta agora o Nacional de Patos chegar aqui e resolver “entornar o caldo”. Seria o fim da picada. Bem… histórico para isso tem. Como dizia o meu saudoso amigo Ubaldo: “é um negócio sério, pelo-amor-de-Deus!!”. A verdade é que esse time do Bahia ainda não decolou, apesar de algumas tentativas nas planices do Brasil central, quando deu à entender que decolaria. Se chegar adiante será muito mais pela fraqueza dos outros que por mérito próprio. É penosa esta constatação, mas é verdade.
Saber que é difícil fazer um time bom no porão do futebol, eu sei e até acho que o Bahia, teoricamente, formou um bom elenco a despeito de todas as dificuldades. Só que na prática não está funcionando, pelo menos até agora. Mas então, onde está o problema? A defesa é melhor que a do ano anterior sem comparação, o meio de destruição é bem melhor que os dos anos anteriores, os armadores é que deixam à desejar, mas mesmo assim não é de todo mal.
Vamos tentar então fazer uma análise de algumas situações. A disciplina, por exemplo, acho que anda mal. Eduardo é um nó cego, o rapaz é indisciplinado até em treinamento e nos jogos não obedece a Artur, além de estar sendo expulso quase sempre. No jogo do domingo passado ele mais parecia um atacante que um defensor, num claro ato de indisciplina tática. Um treinador que se faça respeitar na sua função não suportaria nem metade da desobediência de Eduardo. Orientação ele só aceita do seu empresário, ao que tudo indica e, diga-se, o orienta muito mal para quem ainda está em formação de caráter.
Ednei é outro caso no mínimo merecedor de críticas, entre ele e Artur não há empatia, empatia essa que sobra entre o treinador e o velocista, tão somente isso, Amaurí. Tem ainda o treinador, como desafeto declarado, o polêmico Preto. Este por sinal já cansou a paciência da torcida. Em todas as suas despedidas, sempre melancólicas, Preto sai falando mal do ambiente tricolor. Uma vez diz que vai escrever um livro e na outra diz que vai botar a “boca no trombone”. O melhor que ele faria seria reconhecer que seu espaço no futebol está em baixa, até por uma questão de idade. Coisa muito natural.
Acho que está na hora e vez de Sérgio ter uma oportunidade no time titular. Márcio teve grandes atuações, mas anda batendo roupa demais e já tomou alguns gols defensáveis, pior, decisivos. Fausto, também, precisa de um bom puxão de orelhas, anda prejudicando o Bahia com seguidas ausências. No momento o Bahia precisa de toda segurança possível, e para isso contratou o que de melhor lhe apareceu. Se não decolou ainda é sinal de que existem falhas no comando técnico. Boicote? Não acredito, alguém da diretoria já teria percebido.
Nada tenho contra a pessoa de Artur, apenas algumas restrições sobre a parte tática e disciplinar. E por ser a minha imaginação fertilizada pela condição de torcedor, dou asas a ela. Sempre defendí (com alguma restrição) a permanência do treinador até o final da temporada, pelo menos. Mas agora, se trocassem de treinador talvez a “decolagem” fosse possível. Muito embora isso seja uma faca de dois gumes, justamente por estarmos na reta final onde erro algum é permitido. Penso que a responsabilidade é por inteiro da diretoria que deve saber extamente o que acontece.
As minhas considerações sobre o atual momento do Bahia são essas, acima. Daqui em diante seguirei torcendo e acreditando, com as mãos suando a cada jogo, coisa que a torcida do Bahia aprendeu a fazer nos últimos anos e, como faço parte dela, torcida, continuo acreditando mais que nunca, angustiadamente. Se é este o preço do amor, por que não pagá-lo? Ir à Fonte Nova com dúvidas já virou rotina, mas como também sou um pouco masoquista… lá vou eu!
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Acontecem coisas boas paralelas às ruins. Na infelicidade de Cléber a diretoria do Bahia foi muito feliz ao dar apoio incondicional ao atleta e sua família. Sequer foi um acidente de trabalho, o que não seria motivo para fazer diferente. Prevaleceu a consciência responsável dos homens. Que bom!… é com atitudes desse porte que se constrói um mundo melhor. Parabéns à diretoria e aos médicos tricolores. Dr. Marcos Lopes, especialmente.
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O São Paulo já possui a terceira maior torcida do Brasil. É nisso que dá quando se trabalha com a excelência administrativa. Fico imaginando um time que consegue colocar 60.000 torcedores na Fonte Nova (e não coloca mais devido a capacidade do estádio), e tem a maior média até aqui das três divisões, se fosse administrado com um certo diferencial, hein?! Pensar que há anos não ganhamos um só título… é mais que frustante!.
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