é goleada tricolor na internet
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Publicada em 30 de setembro de 2004 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Torcedor Tricolor

O futebol sempre comandou as ações populistas e populares em nosso país. Sempre norteou a preferência do nosso povo, quando o assunto é amor, paixão e multidão. Em todas as regiões existe a figura do “mais querido”! Mas, sabemos que o nosso Bahia é o “mais querido dos queridos!”, é a nossa religião! A Bahia é o único estado brasileiro, que possui duas religiões predominantes seguidas pelo nosso povo, que são a dos “orixás”, e a explosão popular, o verdadeiro ópio do nosso povo, que é o BAHIA!

A religião BAHIA é vista e professada nas ruas, nas escolas, nos bares e em todos os recantos da nossa cidade. Após um triunfo a cidade amanhece alegre, mais hospitaleira, mais receptiva, mais iluminada, mais energizada. O motorista mais gentil, o policial mais sorridente, a comunicação mais prazerosa. O povo contagia e supera os tratados convencionais da antropologia. Salvador assume ares de metrópole mundial, contagiando a todos com a alegria de ser baiano e principalmente de ser BAHIA!! O enfermo recupera-se, quem procura acha, o tristonho rejubila-se e são “feitos” muitos filhos da Bahia, após um triunfo, pois nossas mulheres tornam-se mais férteis, sensuais e receptivas após uma vitória consagradora!! Para nós, não existe mulher mais bela que uma baiana, após uma vitória do BAHIA! São 73 anos de braços dados com o triunfo, com a glória!

Agora, uma revelação pessoal: Confesso que já tentei odiar nosso rival, mas reconheço meu fracasso. Tentei de várias formas, mas foi em vão! Como posso odiar a quem, através da vida, só me deu alegrias? Como odiar a quem nunca me deixou sair da Fonte Nossa de “cabeça inchada”? Quantas vezes na vida saí direto da Fonte, atrás do Trio, para o Bonfim, comemorar e bebemorar mais um título ganho em cima “delas”?? Ser BAHIA é todo um jeito de ser que só o baiano entende!! Está no nosso sangue, é visceral, intestinal e conclusivo!! Lembro-me, agora, de um fato ocorrido no longínquo ano de 61 ou 62 com Hélio Clemente, nosso lateral direito. No velho, mui querido e freqüentado 63, o velho Brega, na ladeira da Montanha em seus tempos áureos, teve um “cacete”, e a conseqüente batida policial. Foi aquele corre-corre, aquele valha-me Deus, um pandemônio. Puta correndo, cafetão espirrando pela janela, um “mangue no mangue”! Todo mundo em “cana”!

Na delegacia de Jogos e Costumes, o delegado botou todos em fila indiana e iniciou o interrogatório pela qualificação dos detidos:

O senhor, que é que o senhor faz? Eu sou advogado.

E o senhor? Sou funcionário do Banco do Brasil.

E o senhor? Sou lojista, comerciante.

E o senhor, o que faz? Trabalho no Palácio Rio Branco.

E o senhor? Eu marco ponta, sou jogador do BAHÊÊA, respondeu sério e muito compenetrado de seu status, Hélio Clemente, nosso lateral direito, cônscio de sua representatividade junto ao povão!!

Vejam o tamanho da imponência e importância em ser nosso atleta. Antigamente, um ídolo nosso era mais representativo perante o povo que um aproveitador político. Quem é BAHIA sabe de sua relevância na comunidade. Um jeito de ser todo nosso, todo peculiar, que move nosso amor incondicional em direção às cores sagradas. Um político sagaz e vencedor, tem de saber exatamente o que representamos para o bem estar da Bahia! O BAHIA tem o estigma, a volúpia da vitória!

O nosso estigma é tamanho, que o nosso rival, mesmo com vantagem no marcador, fica doido para nos “entregar” o triunfo. Vide 1994, com Raudinei, e em tantas outras oportunidades! O BAHIA tem, proporcionalmente, o maior número de adeptos de todos os estados brasileiros. São 69% dos torcedores baianos. Temos, portanto, que ter o respeito devido dos dirigentes. A nossa combinação de cores é “mágica”, divina!! As cores do rival são o vermelho e o preto. O vermelho deles é a cor do fogo, das caldeiras ardentes do “inferno”. E o preto? Simboliza, segundo a igreja, a cor do “cão”! Porventura vocês conhecem combinação de cores mais negativa? É neste inferno astral que vive contorcendo-se, tal qual um réptil peçonhento, nosso rival, empurrado para as “profundezas” pela força do azul, vermelho e branco! O Branco que é a cor da paz, da harmonia e da pureza; o nosso vermelho é garra, sangue, é o amor! E o azul, a cor celestial! Torcer pelo BAHIA é acima de tudo um estado de espírito! Um estado celestial.

Felizes somos nós, que ostentamos no Escudo uma criação do próprio DEUS: a ESTRELA! E temos “duas” delas, em vésperas de ganhar o único título nacional que nos falta! Nós sempre fomos afeitos às decisões. E ganhamos! Não gostamos de ser vice. Tem quem goste. Nós detestamos!! Vencer é nosso estigma, é nossa vocação. Esta razão de existir está perpetuada e sacramentada em nosso Hino. Convivemos com isto desde nosso nascituro, desde a fundação. É o único time do Brasil, e talvez do mundo, que foi campeão no próprio ano de sua fundação, do seu surgimento. O normal é que o time depois de fundado adquira cancha, maturidade e experiência para após sua afirmação, ser campeão. Nós não!!! Já começamos “papando o título”! Está na nossa história! Não há como mudá-la, mascará-la! Apenas exaltá-la e cultuá-la!! Vencer é o nosso destino! De onde vem a fama, o respeito ao nosso estádio?? Quem o fez famoso?? Quem o faz lotar e transbordar?? O País todo sabe a resposta!! Nosso rival quando joga, promove uma reunião. Nós comparecemos em multidão!!!

Nós temos história, tradições e do que nos orgulhar. Enquanto a “tima rubro-negra” não tem nada disto. “Elas” dizem que têm. Eu pergunto: Têm o que? Que história? Que tradição? “Elas” dizem que vivemos do passado. Então admitem que o temos. Ora amigos; só terá futuro quem teve passado e o cultua! “Elas” falam mal do nosso passado, porque não o tiveram. Time que não sabe vencer, não pode ter tido passado, e muito menos terá futuro!

Uma questão de ordem moral é falar mal dos que têm aquilo que jamais se poderá ter!

Como fiéis ardorosos e convictos, fazemos proselitismo com nossos filhos, desde o útero materno e, quando nascem, recebem incontinenti o Manto Sagrado como peça indispensável, primordial e principal do seu enxoval!!!

Um possível título nesta segundona será apenas mais UM na nossa trajetória gloriosa de conquistas. Estamos de olho mesmo é no Tri-campeonato nacional. QUEM VIVER, VERÁ!!!

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