As derrotas e humilhações são agora a situação normal no Bahia. Perder de goleada para o time do aterro virou normal. Tomar de quatro do poderoso Icasa é situação corriqueira. Disputar rebaixamento de qualquer competição se tornou a regra. Apesar disso, empurrar as mudanças mais do que necessárias e atrasadas é a única atitude da atual diretoria.
Mesmo assim, o pessoal se contenta com quaisquer duas ou três vitórias sobre times fracos e mantém a máquina da incompetência girando a pleno vapor ao financiar estes desmandos indo ao estádio.
Existe uma piada que conta o caso de um marido bem manso que por um acaso do destino retorna para casa mais cedo do trabalho e lá encontra sua digníssima esposa se engalfinhando com o vizinho no sofá da sala. Diz a piada que, tomado da mais profunda revolta e indignação, o marido prontamente deu o sofá a algum parente e manteve a esposa.
Tudo bem, a piada é engraçada, mas o que tem a ver com o Bahia? Bom, não muito, a não ser o fato de nossa torcida reclamar, reclamar e reclamar das humilhações e traições sofridas e, tomada da mais profunda revolta, continuar indo ao estádio para vaiar jogadores fracos e técnicos incompetentes e brigar com torcidas organizadas rivais, mantendo sempre incólume a mesma diretoria que durante mais de uma década nos impõe humilhação após humilhação.
Pois é. Na minha humilde opinião, o torcedor que continua indo ao estádio financiar esta incompetência generalizada, ampla e irrestrita que se aloja no Fazendão, está agindo como aquele marido que flagrou a esposa com o vizinho no sofá da sala e indignado expulsou o sofá de casa. Portanto, todo castigo para ele ainda é pouco. Muito mais humilhações virão por aí.
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A seleção está trilhando um caminho promissor lá no continente que é o berço da humanidade. Apesar de muito cedo para apontar favoritos, acredito que o campeão sairá da América do Sul: Brasil ou Argentina.
Mas, tem uma tal de Holanda que está sem perder nem empatar há mais de uma dezena de jogos consecutivos. Talvez essa seja a oportunidade que o futebol reservou para corrigir as injustiças das copas de 1974 e 1978, justamente na terra onde os descendentes desse pessoal promoveram o infame Apartheid.
Torço para que continuemos os únicos a sermos campeões fora de nosso continente e para que Dunga dê um cala-boca bem merecido aos corneteiros nacionais, assim como fez em 1994.
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Aproveito para anunciar a todos o nascimento de mais uma tricolor, minha filha Melissa. Desde já, herdeira de um caminho de sucessos e bom caráter, mas também mais uma vítima da incompetência ampla, geral e irrestrita que viceja no Fazendão por mais de uma década com a leniência da torcida, do conselho e da sociedade baiana.
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