Eu moro lá na casa da lá ela, como meus leitores sabem, e não sou aquele torcedor que acompanha todo o dia-a-dia do Bahia em seus mínimos detalhes. Não estou nas ruas de Salvador para sentir o clima da torcida nem debater mais profundamente sobre nosso Esquadrão.
Normalmente meu estilo de escrever se aproxima da crônica, e é o que a gente consegue fazer para contribuir, o melhor possível, para esta página a qual frequento há quase 3 décadas.
O jogo de hoje foi o primeiro que vi, de cabo a rabo, do Bahia. O que posso dizer é que o elenco é bom, pode melhorar e temos talentos para brigar lá em cima por posições melhores e inéditas. Destaque para Everton Ribeiro, cuja idade é limitante; Luciano Juba, que foi muito raçudo, e Santiago Arias. Cauly e Thaciano continuam no top desse time.
Em contrapartida, Leo Condé, com um elenco egresso da Série B, leu corretamente os dois jogos da final e soube explorar as deficiências de Rojegue Ceni de forma eficiente. O adversário perdeu gols em profusão, porque é limitado e vai lutar pra não cair no Brasileiro. A polêmica expulsão de Rezende (pra mim não foi para vermelho) foi o tempero que desmontou a tática de Ceni, o qual mostrou não ter alternativas táticas nem tem peças de reposição à altura dos titulares. Errou, e muito, nessas finais.
Ceni tem um histórico bem conhecido em outros grandes clubes, notadamente o Flamengo. E, em todos, começou bem, inventou demais e acabou saindo. Só conseguiu deixar saudades no Fortaleza.
Ceni, nesse campeonato chinfrim, mostrou que não consegue fazer o básico, a despeito de tantos milhões investidos, contra o time das cortesãs virtuais, pra não falar outra palavrinha chula aqui.
Que se danem os campeonatos estaduais: vou manter minha coerência e parar meus lamentos por aqui. No entanto, esse jogo já foi suficiente para mim: tirem Rogério antes que seja tarde demais, porque ele vai repetir todas as cagadas feitas no Moribundão no Campeonato Brasileiro e demais competições vindouras.
Não terá sido por falta de aviso. Fora Rogério Ceni! Mesmo isso sendo improvável no momento, pelo bem do EC Bahia, que tirem esse estelionatário da bola o mais breve possível.
Já tivemos coisa pior e já vivemos coisas muito piores. Contudo, o que o Bahia não pode se dar ao luxo é de errar neste ano. No mínimo o G6 é sua obrigação premente.
Não é no calor da derrota: a minha paciência com treinador medíocre já se acabou faz tempo.
Um abraço e saudações tricolores.
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