“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. Começo essa minha incursão pelas entranhas das frases que marcam épocas lembrando Fernando Pessoa numa de suas mais belas reflexões.
Ora, então esse jejum de títulos e glórias que o Bahia experimenta nunca esteve no tempo, porque isso seria razoável se fosse a presença do inexplicável, mas não foi e nem é, tudo esteve sempre muito claro na deficiência do amor ao clube e na eficiência do uso do clube para atingir cumes de ordem pessoal. É isto que vem atrapalhando o desenvolvimento do Bahia há muito tempo.
Por isso a Nação Tricolor não tem como culpar o tempo porque esse tempo foi, também, patrocinado pelo comodismo de todos nós que permitimos a intensidade dos fatos. Isto torna os momentos inesquecíveis e as pessoas incomparáveis. Se isto vale para os que passaram, vale também para os que estão fazendo um novo Bahia. Tudo depende de como cada um desses quiser colocar seu nome na história tricolor através dos seus feitos. E isto é uma opção.
Eu admiro as pessoas sensatas exatamente porque elas são sábias e não se empolgam pelas palavras que lhes soam ouvido adentro. Elas se embasam no que os olhos vêem e na realidade que vivenciam ao analisarem passado, presente e futuro. Divagar em cima da ânsia com análises inadequadas e pré-fabricadas pelos que não gostam do Bahia não é prudente, mas saber distanciar a ânsia da realidade tem qualquer coisa de prudente, sim.
Agora que o Bahia voltou a jogar o futebol que se espera de um time formado dentro da competição, quase aquele mesmo futebol do início do campeonato, o que esse time também espera da sua torcida é a prudência nas críticas e, principalmente, a parceria dentro do estádio. Evitar vaias nesta fase substituindo-as pelo incentivo é o mesmo que jogar com o time.
O Bahia está num momento decisivo, jogando com raça, e isto tem que ser pesado na balança da boa vontade. Repudiar os que repudiam o Bahia é papel decisivo neste momento por parte dessa torcida que tem feitos memoráveis, reconhecidos por toda a imprensa do Brasil.
O Bahia não se tornou o “Esquadrão de Aço” por acaso. Foi a torcida que lhe deu esta alcunha. E se essa torcida quiser, o time fará valer essa “marca” em Pituaçu e no Barradão com intensidade igual, e certamente levantará em pleno território “inimigo” a taça de Campeão. Quero dizer prudentemente, se passar pelo Fluminense.
O momento é outro e as pessoas são outras, também! Se há um rumo, e há, então todos os ventos serão favoráveis. Eu não gosto de falar em favoritismo, sou até meio supersticioso quando se trata de “favoritos”. Mas que o Bahia por si só sempre foi um favorito não resta dúvidas! Tá no nome, tá na tradição, tá no fato de nunca descolorir, tá nas glórias alcançadas, tá no sorriso do torcedor mirim, tá na inspiração de Adroaldo Ribeiro, tá no sangue que corre em nossas veias… tá na raça!!
A grandeza do Bahia está na intensidade da sua torcida, e o tempo foi o arquiteto dessa intensidade, por isso o Bahia tem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e uma nação incomparável. O plágio maroto corre por conta dessa minha intensidade com o Tricolor de Aço.
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Planejamento e confiança – Gallo planejou este momento do Bahia, ele sabia o que estava fazendo e o que havia em suas mãos, por isso confiou. O triunfo em Feira de Santana sobre o Fluminense deixou isto bem claro. Desde o jogo contra o Coritiba a postura do Bahia é de quem efetivamente está buscando um objetivo maior.
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Não vai faltar quem diga que os vacilos da defesa do Flu determinaram a vitória do Bahia, e que se aquela bola do Flu, no travessão, tivesse entrado, as coisas seriam diferentes… Pode ser, mas se aquelas duas bolas na trave, contra o Coritiba, tivessem entrado, certamente o Bahia não estaria desclassificado da CB. Então…
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Joãozinho seria a carta no bolso do paletó de Gallo para os possíveis dois jogos finais? O jogador está bem e já em condições de jogo? Psicologia em futebol, não raro, ganha jogos também.
comentários
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