Triste Bahia, não pelo recente rebaixamento, do qual nos últimos anos somente escapava nas rodadas finais, mas sim pelas eleições que se aproximam: são 06 (seis) candidatos, o que demonstra, em tese, pluralidade de ideias, posições, pensamentos, formas de compreender o futebol, enfim, tudo o que envolve uma verdadeira democracia.
Mas, ao se analisar as propostas, percebe-se que em verdade não há grandes contradições entre os programas de cada um; em linhas gerais, todos prometem aprimorar o programa do sócio torcedor, investir na divisão de base, contratar profissionais para os diversos setores do clube e melhor explorar economicamente a Arena Fonte Nova. Além disto, eles criticam as gestões anteriores, vestem o manto da democracia e dos ventos que hoje sopram no Fazendão.
As propostas são meras declarações retóricas, afinal, quem não votaria em um candidato que prometesse investir na divisão de base, sendo que em dois ou três anos haverá cinco ou seis jogadores pratas da casa entre os titulares?
Ainda sobre as promessas, não conheço quem não queira que haja um aprimoramento no programa de sócio de torcedor, e, portanto, que não votaria em quem propusesse isso, ainda mais se considerarmos que quem elegerá o próximo presidente são justamente os sócios.
Agora, alguém pode me explicar como garantir cinquenta por cento dos jogadores da divisão de base, entre os titulares, até 2017? Jogadores não brotam em árvores, quem conhece divisão de base sabe que se investe em cem jogadores (ou mais) para que se tenha um, profissional, o que sequer garante que ele tenha qualidade. Além disso, ganhar títulos nas categorias de base não é sinônimo de sucesso no profissional.
Não se discute, nestas eleições, formas de gestão, de se compreender o futebol moderno, até porque todos pregam o mesmo do mesmo. Enfim, o sócio, nós, acabará votando em pessoas, mas não em projetos.
E, então se chega ao principal questionamento: quem são os candidatos? E, também: quem os financia? Afinal, esta campanha, da forma que tem sido conduzida, tem custos, e muitos custos, como, por exemplo, o aluguel de espaços em hotéis luxuosos da cidade, dentre outros.
Há, ou haveria, empresários de jogadores, políticos ou partidos políticos financiando a campanha de algum candidato? Ninguém sabe, pois até o presente momento nenhuma campanha é transparente nesse aspecto.
Ademais, o que os qualifica a gerir um clube de futebol como o Bahia? Quais são as suas experiências anteriores no futebol? Qual vivência têm na negociação com tudo que envolve o modelo atual do futebol brasileiro, como a televisão, as federações a CBF e os patrocinadores?
Não se precisa olhar muito acima na classificação final do último Campeonato Brasileiro, para se vê o que pessoas bem intencionadas, mas sem experiência podem fazer com um clube, pois o Palmeiras é o maior exemplo.
Assim, diante do atual panorama, só nos resta rezar, pois torcer só por quem esta dentro das quatro linhas, dos dirigentes se devem exigir competência e comprometimento.
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Aproveitando, Sr. Olavo Fonseca Filho quem lhe deu o número do meu telefone celular, para que o senhor me mandasse uma mensagem pedindo voto pelo Whatsapp? Eu não autorizei ninguém a lhe passar meus dados pessoais. E, já que o tomou essa liberdade, poderia ter a dignidade de responder aos questionamentos que eu lhe fiz, pelo mesmo meio de comunicação.
Com a palavra o senhor, que é candidato à presidência do Bahia e, também, a atual direção do clube.
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ps.: este colunista não apoia quaisquer dos candidatos ou chapa.
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