Sou baiano, bairrista, torço pelo Bahia e pelo futebol da Bahia. Tudo que diz respeito à Bahia desperta a minha atenção. Mas sendo bem sincero, não vi nenhum motivo para o estardalhaço que fizeram sobre as declarações de Joel Santana ao dizer que o anzol dele estava dentro dágua para pescar um peixe grande. O assunto naquele instante sequer teve relação com o Bahia, tanto que instantes depois ele falou bem da Bahia e do Bahia, como time em que ele foi campeão e onde tem amigos.
Ele, Joel, até deixou no ar que voltaria à Bahia terra que me encanta e ao Bahia de bom grado, apenas não havia até o momento nada de concreto porque nem propostas foram discutidas e nem ele estava aberto para sair do Rio no momento. O resto foi brincadeira com os entrevistadores, não houve qualquer relação entre a sardinha e o Bahia.
Por que não pensam sem esse ar de complexo de inferioridade? Talvez Joel esteja querendo um peixe grande da Arábia, sei lá! Entre o que se paga por lá e o que se paga que já é muito no Brasil, a diferença é de tubarão pra sardinha, mesmo! Ele falou de futuro indefinido, não se referiu a nenhum grande ou pequeno clube brasileiro. A mim, como tricolor, ele não ofendeu em absolutamente nada!
Até porque Joel é uma pessoa folclórica no futebol devido aos seus repentes, nem sempre de acordo com o bom português, mas, provocado pela mídia carioca, principalmente, solta lá as suas pérolas tipo hoje eu não vou soltar meu chicote, vou deixar ele guardado, mas quando eu resolver soltar meu chicote… risos dos presentes. Joel ainda é aquele cara com ares de boleiro, simples, apesar de já ser um homem realizado economicamente. Mas o pessoal da imprensa explora bem esse lado brincalhão do Joel.
René Simões… Ainda nem chegou completamente e já estão criando celeuma em cima de bobagens. Inquirido sobre ser um técnico teórico, a resposta veio educadamente em forma de pergunta, porém inteligente: uma pessoa que já tem mais de trinta anos dirigindo futebol, será que não aprendeu a prática?. Pois é, René, prepare-se para a inconsistência de algumas perguntas que hão de vir por aí.
OMAR
Imagine se aquele gol contra o Atlético de Alagoinhas fosse o Thiago em lugar do Omar, certamente seria trucidado pela imprensa e torcida. Mesmo assim, Omar sofreu na pele o gosto amargo de uma falha, só que numa dose bem menor. Goleiro é isso: fase. Tem de estar ligado o tempo todo e mais um pouco. Mas aí está René, experiente e muito inteligente para lidar com essa relação entre jogador, imprensa e torcida.
TRESSOR MORENO
Tenho dúvidas sobre o afastamento do Tressor Moreno que nem na lista dos concentrados se acha. Mas de repente uma boa conversa entre René, Tressor e Chiquinho o tenha convencido a se cuidar um pouco mais, é natural que ele sofra com a adaptação ao futebol brasileiro com esquemas táticos, não raro, de colocar craques para marcar…
Decididamente, marcar não é a do Tressor Moreno. Jogar ele sabe, e se tudo estiver bem em nível de relacionamento com a comissão técnica e o grupo de jogadores, indiscutivelmente ele terá um lugar no time tricolor. É só uma questão de pouco tempo. Porém, caso ele fique ausente na sequência, com René, então já será um caso para a diretoria analisar. Com Benazzi ele foi encostado, com Chiquinho não jogou, e com René começa fora da lista.
SOUZA
René armou um esquema com um meio de campo para, digamos assim, dar mais uma chance para Souza deslanchar… Resta saber se a única fase dele foi aquela do Flamengo, porque de resto jamais empolgou. Até acredito que doravante ele mude bastante e se torne o finalizador que a torcida quer ver. Esse negócio de jogar porque tem salário alto, não creio que encontre respaldo com René Simões.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.