Enganam-se aqueles que pensam que quando um time de futebol quer derrubar um técnico faz corpo mole em campo com alguns jogadores correndo pouco, não dividindo, fingindo jogar etc., etc. Não, não é nada disso. Esse jogador faz diferente, como perder um gol, executar mal uma falta, chutar o chão na cobrança de uma penalidade máxima, errar passes, enfim, são muitos os modos e detalhes para um grupo demitir um técnico com detalhes que passam despercebidos.
Já a máfia do apito faz pior. Um árbitro pode resolver disciplinar uma partida de forma unilateral ao sair aplicando cartão amarelo por qualquer motivo. Isso ele faz com uns cinco ou seis jogadores e basta, não precisa mais nada, porque dali em diante esses jogadores não dividem mais jogada alguma e passam a jogar sem fazer contato físico com o adversário…
É aquela intimidação do na próxima te mando pro chuveiro, tá avisado. Tô de olho!, o cara vira uma freira em campo e a briga fica desigual por detalhes criados pelo árbitro.
A tarefa do time oponente fica absolutamente fácil. O exemplo disso foi visto no jogo Bahia x Fluminense, no primeiro gol em que Titi tentou impedir sem correr o risco de cometer a falta pra não ficar pior no caso de uma expulsão. Gol do Fluminense! E a partida ficou mais ou menos definida. O árbitro já houvera feito a sua parte amarelando quase todo o time do Bahia…
Antes, o cearense que bandeirava contra o ataque do Bahia já houvera anulado descaradamente dava pro árbitro validar, se quisesse um gol de legitimidade indiscutível, inquestionável, para ser bem eloqüente. Este fato só ajudou a tarefa do árbitro central porque suas atitudes, no mínimo duvidosas com a distribuição dos cartões, ficaram ofuscadas diante do que o representante da arbitragem cearense fez.
Como tudo que está ruim ainda pode piorar um pouco mais, aconteceu o segundo gol e a arbitragem teve o seu papel cumprido, isto é: papel cumprido para com os chefões dessa máfia que ninguém sabe ao certo onde é a sede deles.7
Numa só cajadada a arbitragem de ontem matou dois coelhos, pois, além de o Fluminense ser altamente beneficiado com a anulação do gol, os cartões amarelos beneficiaram o Coritiba largamente. Passo a temer pelo futuro do Bahia, porque o vento que venta lá não é o mesmo que venta cá. Em três jogos, um em Porto Alegre, contra o Grêmio, e dois em Pituaçu, contra Flamengo e Fluminense, respectivamente, o Bahia perdeu nove pontos. Tudo isso no apito…
O Bahia estaria agora com 44 pontos.
Que fazer? Angioni disse que vai protestar oficialmente na CBF contra a arbitragem da quarta-feira passada… Resolve? Vi o STJD acabar com a carreira do goleiro René porque usou remédio com substâncias proibidas na prática do esporte. Entretanto, contra árbitros que estragam espetáculos e assacam contra os clubes, apenas uma advertência ou gancho de 30 dias, no máximo, e nenhuma atitude por parte do STJD!
Falam em profissionalizar os árbitros para que eles se dediquem full-time à profissão, mas se o caráter continuar o mesmo vai adiantar o quê?
Torço para chegar o dia em que algum Joaquim apareça no futebol para quebrar essa caixa preta que é a arbitragem no Brasil. É um sonho pouco provável de se materializar num país que cultua a santa corrupção e respira impunidade… Mas prefiro acreditar que a Era Joaquim Barbosa, esse monstro sagrado do patriotismo que venceu o medo e abriu as portas da esperança tenha chegado para ficar e mudar culturas daninhas, inclusive no futebol.
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