Aqui no site ecbahia, o tricolor Cláudio Paes, listou, entre outros, alguns fracassos desse grupo que tomou de assalto o Esporte Clube Bahia nos últimos anos. Destaco sete desses pecados capitais:
1. Rebaixamento para a Segunda Divisão, em 1997 e 2003;
2. Seis anos sem ganhar no Barradão, de 1999 a 2004;
3. Trapalhada em 1999, jogando no lixo um Campeonato Baiano;
4. Pela primeira vez na história, o rival levantou dois inéditos tricampeonatos: entre 1995 e 1997 e entre 2002 e 2004;
5. Ficou de fora da Copa do Brasil em 1991, 1993, “2004”;
6. Escapou três vezes, na última rodada, de cair para a Segunda Divisão em 1989, 1996 e 2002, e escapou de cair para a Terceira Divisão, em 1998;
7. Ficou de fora da final do Campeonato Baiano de 1990, 1995, 1996 e 2003, sendo que, no ano passado, ficou em 9º lugar.
E o que estamos colhendo hoje, foi plantado há muito tempo, quando se fechou o Bahia ao grupo de um dono só. Vaidade e egocentrismo nunca permitiram a eclosão de novas lideranças, de alguém que pudesse fazer sombra aos cartolas do passado, ao eterno presidente. Por isso, sempre medíocres estiveram à frente do destino do clube.
Não existe um só dirigente que faça parte desse atual grupo que tenha vida própria na sociedade baiana. Todos são limitadíssimos sob qualquer ponto de vista: popularidade, carisma, preparo intelectual, competência empresarial, bagagem cultural.
A composição do Conselho Deliberativo do Bahia reflete isso. Tornou-se um instrumento de perpetuação do poder, sem vida própria, sem brilho, com puxa-sacos, serviçais e alguns beneméritos para disfarçar.
Sobre o Conselho Deliberativo, é ilustrativa, aliás, a história do deputado federal Nelson Pelegrino, do PT, tricolor de grandes qualidades. Pelegrino já era deputado estadual e dizia que seu sonho era ser Conselheiro. Nunca conseguia, porque o era vetado, com alegações de que era vermelho, comunista, agitador. Foi eleito deputado federal o mais bem votado em Salvador e cobrou de Marcelo Guimarães. Ouviu o seguinte: Papá, agora quem manda sou eu. Não tem mais veto não. Vou tirar a minha empregada e boto você. O deputado Pelegrino agradeceu, mas disse que pela janela não queria entrar. Meses depois, em Brasília, recebeu num envelope, o título de Conselheiro.
Ter o deputado Pelegrino no Conselho é, indiscutivelmente, uma honra para o Bahia, assim como ACM Jr., ACM Neto, Marinaldo Moradillo, Paulo Gaudenzi. Mas quem são os outros 295?
Não precisa ser profeta para pressentir que não iremos a lugar nenhum com esse grupo fracassado que se apoderou do Bahia, mas que arrota intolerância e soberba. Para 2005, a continuar esses ineptos dirigentes, o cenário será de desolação e dor.
O presidente medíocre de uma diretoria mais medíocre ainda continua a falar de orçamento reduzido, de limitar gastos, de treinador barato, de jogador que não deu certo. Quer trocar profissionais por cupinchas, continua a improvisar ao invés de planejar, e assim vai destruindo e fazendo minguar a nossa paixão.
Com eles, com certeza, não iremos a lugar nenhum.
Não é profecia, é constatação do óbvio ululante, para citar Nelson Rodrigues.
Porque o problema não são os treinadores, os jogadores ou a torcida. O problema está em cima. Quem comanda o Esporte Clube Bahia é obtuso, ineficiente, medíocre. E os seus asseclas, piores ainda. E o máximo que a mediocridade produz são os seus próprios dejetos.
Isto é fato. Releia os sete pecados acima, e constate.
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